Por Álvaro Filho
O máximo que se pode dizer em favor do Náutico foi ter sido um time esforçado. Pelo menos, na segunda etapa, saindo de um coma profundo que acometeu o time no primeiro tempo e que provavelmente custou a derrota para o Oeste.
A letargia nos primeiros 45 minutos muito se explica pela insistência do técnico Dal Pozzo em apostar em Bruno Alves, que teve atuações apenas regulares sob o comando do treinador, quando o certo seria repetir o meio-campo do segundo tempo contra o ABC, mais vivo e criativo.
Refeito o erro, com a entrada de Hiltinho e Magrão na segunda etapa, o Náutico cresceu na partida e não fosse os velhos erros de sempre, as finalizações precárias, poderia inclusive ter virado o jogo, tamanho o número de chances criadas.
O desperdício abriu espaço para o fatídico adágio e, na base do quem não faz leva, num dos raros lances de ataque do Oeste, o Náutico conheceu seu destino, num gol com os méritos divididos entre o atacante adversário e o goleiro alvirrubro.
Dal Pozzo costuma melhorar o time no segundo tempo. Pelo menos foi assim nas vitórias contra o Paysandu e ABC, e até na derrota para o Oeste.
Mas ele precisa se lembrar, até porque já tem experiência para saber disso, que uma partida é constituída por dois tempos. E o que se deixa de fazer em um nem sempre é capaz de ser recuperado em outro.
Se bem que o principal desafio do treinador agora não é nem esse, mas fazer o elenco voltar a acreditar que vale à pena correr e lutar por um lugar no G4.
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