O técnico do Sport, Eduardo Baptista viu o alento de não ter vencido na volta de uma atuação mais segura de seus comandados. Para ele, se o time voltar a jogar dessa forma longe da Ilha do Retiro ou Arena Pernambuco fatalmente vai encerrar a incômoda situação de ser o único participante da Série A a não vencer como mandante.
» Sport domina o Coritiba no segundo tempo mas não sai do 0x0
"Hoje a atuação foi muito boa, principalmente no segundo tempo. Tivemos chances de gol e isso mostra que estamos no caminho certo. Quando tiver outra atuação dessa fora de casa, fatalmente a gente consegue a vitória", avaliou.
Ele contou entre cinco e seis chances de gol criadas pelo seu time. Aí faltou aquele detalhe, que uns dizem ser calma, outros sorte e outros falta de qualidade mesmo. O técnico leonino avaliou pelo aspecto comportamental. "Tentamos, tivemos cinco ou seis chances. Faltou ter tranquilidade para fazer a bola entrar", pontuou.
Esse comentário dele faz logo lembrar o peso que os agora oito jogos sem vencer exercem sobre os ombros e pés dos jogadores. Estaria tanta vontade em acabar com a escrita jogando contra? Ele tenta colocar uma barreira dentro do vestiário, mas é impossível que isso chegue nos ouvidos dos atletas. "A gente tenta minimizar isso mas acaba interferindo um pouco".
Mas nem tudo foi lamento. Ele viu organização e pegada fortes, algo que já estava em débito. O que mais o agradou foi ocupar o campo do Coritiba em quase todo segundo tempo. "O importante foi a postura, a pegada. O time marcou bem adiantado. Sempre que vim jogar aqui tomei muita pressão e hoje conseguimos colocar o Coritiba dentro do campo dele, o que é raro. Isso foi possível pela determinação e concentração dos atletas", enfatizou.
RODÍZIO
Sim, isso que você leu aí em cima em letras garrafais é a nova modinha do futebol brasileiro. E chegou ao Sport pela sobreposição de compromissos. Nesta quarta foi com Maikon Leite, que estava no limiar de sofrer lesão muscular. Por isso jogou pouco mais de 20 minutos. "Talvez o Sport seja a única equipe na Série A que não tem nenhum jogador lesionado no momento. Estamos acompanhando o desgaste físico e o rodízio vai ser feito para minimizar". As saídas de Samuel, Wendel e André obedeceram esse critério. Eduardo lembrou que o Sport veio a Curitiba de um jogo com 70% atuando com um jogador a menos.
O entra e sai de centroavantes, segundo ele, vai obedecer critérios físicos mas também táticos, mas do adversário. Ele justificou a presença de André para ter um jogador que prendesse a bola na frente para fazer as jogadas com os dois pontas. "Não tem titular. Vamos colocar do que for avaliado do adversário", avisou.