Caso não mude o viés de baixa que se meteu nas últimas rodadas do Brasileiro, vencendo Coritiba e o Santos, o Sport obrigatoriamente terá que mudar é o discurso e a conduta em relação à Sul-Americana.
Afinal, se o ano de 2015 parecia daqueles de entrar na história, graças ao início fulminante do Brasileiro, que fez o Leão inquilino fiel do G4, a realidade agora é um pouco menos otimista e o Sport pode corre o risco de terminar a Série A numa posição semelhante a do ano passado.
A diferença é que a temporada passada contabilizou dois títulos conquistados, Nordestão e Pernambucano, o que na frieza da estatística faria 2015 menor que 2014.
A lógica na Ilha do Retiro é que Sul-Americana por Sul-Americana, se tudo der errado no Brasileiro, o Sport já está praticamente classificado para a Sul-Americana de 2016.E que talvez vale à pena sacrificar a competição agora em nome de dar uma beliscada na, aí sim, valorizadíssima Libertadores.
Faz sentido, é verdade.
Mas também é de se pensar que talvez o Sport esteja desperdiçando uma boa chance de conquistar um inédito título internacional, aproveitando-se da conjunção de estrelas que soube fazer em 2015, condição que nem os astros podem dizer que será possível repetir em 2016.
Uma coisa tem que se louvar, a confiança que comissão técnica e dirigentes têm no potencial do elenco, pensando sempre alto, mesmo correndo o risco de o tiro errar o alvo.
As duas próximas rodadas podem reforçar a convicção de que é o G4 é um objetivo concreto. Isso no caso de duas vitórias. Mas também pode ficar a sensação de que erros cometidos e os pontos perdidos acabaram atrapalhando os planos.
E aí sim, o mais inteligente seria deixar o duvidoso de lado e se abraçar com o certo e apontar todas as armas para a Sul-Americana.