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Opinião: Sem estádio, Náutico perdeu poder de barganha

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 01/09/2015 às 17:27
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem
Foto: Fernando da Hora/JC Imagem

Foto: Fernando da Hora/JC Imagem Foto: Fernando da Hora/JC Imagem

Por mais que a torcida do Náutico deseje o retorno do time aos Aflitos, a volta seria uma tarefa difícil a curto prazo e praticamente impossível mesmo em 2016.

E não pelo contrato, com ainda 28 dos 30 anos a cumprir, um "detalhe" em papel e tinta que a crise econômica por si só vai tratar de resolver, com o Estado fechando de vez a torneira e os envolvidos obrigados a sentarem à mesa para renegociar ou colocar um ponto final na parceria.

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O problema é que após mais de dois anos de desuso, os Aflitos, que não é mais nenhum menino, precisa passar por uma reforma geral, que demanda um grande investimento. Dinheiro que o Náutico agora não tem.

Sem falar que o que um dia foi um trunfo a favor do Náutico - o gramado "alto" - hoje seria um adversário a mais com o time treinando e acostumado a jogar em um tapete. O desastre em Lucas do Rio Verde, com um campo semelhante, não deixa mentir.

Do atual elenco, praticamente ninguém jogou nos Aflitos. Não há no DNA do time, ao contrário da maioria da torcida, uma memória afetiva do "caldeirão".

Mas apesar desses obstáculos, o retorno aos Aflitos - ou "a um novo Aflitos" no caso da construção de um novo estádio, no mesmo ou em outro lugar - é um caminho que o Náutico terá que trilhar um dia.

Pois o fato de não ter uma casa para chamar de sua fragiliza o clube, que perde poder de barganha. Como falar alto  com a Arena se o Náutico atualmente não tem onde mandar seus jogos?

O poder de barganha é justamente o que faz Sport e Santa terem no varejo um lucro maior que o Náutico no atacado. Se o ofertado pela Arena não for bom, obrigado, mando os jogos em casa. Simples assim.

O que o Náutico poderia dizer, "Se não for bom, vou jogar no Arruda? Na Ilha?"

Sob essa ótica, a opção de transformar a área dos Aflitos num shopping ou centro de serviços é arriscada. É confiar demais que tudo vai bem no país nos próximos 28 anos, quando em dois a situação mudou drasticamente para pior.

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