Leão saiu da arena derrotado por 1x0. Foto: Guga Matos/JC Imagem
Além da derrota de 1x0 para o Flamengo, o torcedor do Sport ficou na bronca com o fair play praticado pelo Leão durante o jogo. A indignação é explicada pela postura que o adversário teve no jogo de ida, quando não devolveu a bola e fez o gol de empate. Só que há muito mais para a torcida leonina se preocupar, sinceramente. Até entendo a raiva dos rubro-negros, mas é preciso menos coração neste momento. O time não perdeu porque fez ou deixou de fazer fair play como alguns até chegaram a afirmar nas redes sociais.
O fair play era para ser uma das coisas mais irrelevantes durante os 90 minutos, mas a torcida se deixou levar por isso e acabou enervando ainda mais os jogadores do Sport, que ficaram discutindo em muitos momentos com a arbitragem da partida. Pior para o Leão, que se desconcentrou no jogo. Esse sim foi um dos motivos da equipe ter perdido para o Flamengo, a desatenção dentro das quatro linhas.
Mas dizer que foi apenas isso é muito pouco. A realidade é que a equipe do técnico Eduardo Baptista chegou ao nível de ser previsível nos jogos do Brasileirão, sem surpreender mais os adversários. Hoje é possível dizer como o Leão joga e até como são as alterações do treinador. Pior do que isso é que o Sport ainda vai se desorganizando aos poucos na competição. Já não marca com tanta eficiência, por exemplo. Por isso toma gols bestas como o sofrido neste domingo, na Arena Pernambuco.
Leão foi desorganizado no gramado e mereceu a derrota. Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Então, ao invés do rubro-negro se preocupar com a falta ou não de fair play eu sugiro analisar bem o momento do time, que já não vence faz um bom tempo no Brasileirão, algo muito perigoso no campeonato, sem dúvidas. No lugar de vaiar Renê porque ele tocou a bola para o lado, é melhor observar os motivos da queda de rendimento da equipe na Série A, algo que começa a deixar todos descofiados.
O lateral-esquerdo Renê, maior vítima da irritação dos anti-fair play, deu de ombros para quem reclamou. "O torcedor pagou ingresso e pode fazer o que quiser e eu faço o que quiser no campo. No outro jogo, na hora da raiva a gente disse que não ia fazer, mas dentro de campo se eu não tivesse feito teria saído com a consciência pesada. Prefiro sair de campo com a consciência tranquila".
