Foto: Conselho Deliberativo do Náutico
Na última vez que o Náutico frequentou a Série A, o orçamento do clube girou em R$ 50 milhões, valor cantado aos quatro ventos como nunca na história visto em Rosa e Silva.
É um valor mais ou menos desse tamanho que os alvirrubros estão atirando pela janela com o acirramento da briga entre Conselho e Executivo.
Receita que manteria o CT em ordem e honraria o adiantamento de verba da TV supostamente feito, só para citar dois pecados que o Conselho se apegou para condenar o Executivo à fogueira.
O Náutico luta sabe-se lá com que força para voltar à Série A, uma condição que é plenamente possível na atual temporada. Precisa de dinheiro, claro, todo clube precisa, mas mais do que isso necessita de paz.
E paz é um artigo mais escasso que dinheiro nos Aflitos.
Se o Náutico não lograr voltar à Série A, além de jogadores, técnicos e dirigentes, o torcedor pode colocar a culpa também na conta do Conselho.
É bom que se ressalve que o Conselho está no papel dele de fiscalizar, mas sensibilidade e inteligência são essenciais para saber o momento e a maneira certos para fazê-lo.
E em plena campanha para se voltar à Série A e garantir no ano que vem um orçamento cinco vezes maior que o atual, definitivamente, não parece ser o melhor momento.
Afinal, o CT não está prestes a desaparecer numa cratera que vai se abrir na Guabiraba e, nobres conselheiros, também não é a primeira vez que se adianta uma cota de TV, expediente que praticamente todas as gestões fizeram uso desde que se ouviu falar em cota de TV.
Mas CT e cota de TV não são o problema, nem nunca foi, torcedor. O que está em pauta é a eleição de dezembro, que vai ou não renovar o Executivo e também o Conselho.
Na visão da atual gestão, subir para Série A e contar com Lisca como garoto-propaganda da campanha, é vitória na certa. Pensamento comungado por parte do Conselho que justamente não tem interesse nisso.
Quem vai ganhar a eleição, eu não sei.
Mas quem vai perder com essa antecipação da eleição está mais do que claro.
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