Treino secreto funciona?
Quem disser que sabe a resposta está mentindo, mas eu suspeito que não faz a mínima diferença e os treinadores hoje em dia elegem a estratégia mais para seguir uma tendência, uma modinha, do que esperando um resultado prático.
Afinal, nem o melhor dos treinadores comandando o melhor dos elencos é capaz de num lance de alquimia transformar chumbo em ouro num único dia de trabalho. E convenhamos, se fosse esse tampa de Crush todo, não carecia fechar o treino.
Mágico que é mágico, faz o truque na frente da plateia.
Os treinadores de Náutico e Santa Cruz fecharam o respectivos treinos, mas apesar da imprensa não ter acesso, é possível chegar a uma conclusão bem clara: os tricolores estão mais confiantes.
Pois se o técnico coral, Marcelo Martelotte, proibiu a entrada da imprensa, em contrapartida divulgou o time, sem surpresas e com uma tranquilidade que denuncia a confiança em fazer uma boa apresentação. Por que fechar? Para ter mais privacidade, explicou, o que é de Deus.
Foto: Diego Nigro/JC Imagem
Já Lisca está um pouco mais tenso, o que vamos combinar, é natural, pois instinto-aranha é meio marca registrada dele. Antes de treinar o time, já sabia a escalação do adversário e, mesmo assim, manteve o silêncio em relação a quem coloca em campo. Escondendo o jogo? Ou dúvida do que fazer?
A verdade é que nem a confiança de Martelotte, nem a desconfiança de Lisca será determinante no clássico, pois e pouco provável que o placar seja definido pelo que ocorreu por trás dos portões do Arruda e da Guabiraba nesta sexta (10).
O embate desse sábado (11) é o resultao de uma sequência de dias de trabalho e de execução dos mesmos em campo e, aí não tem segredo algum, o Santa Cruz chega um pouco mais inteiro na partida pelo passado recente de vitórias e superação, enquanto o Náutico começou a esconder o jogo bem antes do tal treino secreto, já contra o Mogi.