O técnico Lisca tomou a mesma atitude que Eduardo Baptista no Sport e não aceitou deixar a sua equipe, o Náutico, no meio da temporada para se aventurar em outro clube brasileiro. O gaúcho rejeitou o Ceará e permaneceu nos Aflitos. Apesar do assédio ter sido de apenas um clube Lisca contou que desligou o telefone para ter um pouco de paz enquanto resolvia problemas particulares em Porto Alegre.
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Com Eduardo Baptista foi bem pior. Desde o início do ano ele recebe sondagens de clubes grandes da Série A querendo contar com o seu trabalho. Basta um companheiro de profissão cair que o seu nome ganha força. Disse não a Corinthians, Vasco, Santos, Fluminense, Grêmio e Palmeiras. Nem todos formalizaram proposta oficial, mas o importante é que ele foi coerente e repetiu a mesma resposta quando perguntado se havia possibilidades de deixar a Ilha do Retiro.
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Baptista nega sondagem do Fluminense
"Vou cumprir meu contrato com o Sport". Sem comparar os clubes que procuraram Lisca e Eduardo Baptista o certo é que o 'não' foi uma bela atitude de ambos, afinal, qualquer profissional fica balançado quando recebe uma proposta salarial bem maior do que você ganha no momento. Baptista teve a chance de treinar um gigante numa Libertadores, ou um favorito ao título do Brasileirão. Não foi, e a diretoria reconheceu a sua atitude. Por isso foi buscar os reforços de peso que ele pediu.
Agora tem um time forte e pode surpreender no campeonato. Com Lisca a diretoria do Náutico não pode fazer o mesmo e trazer nomes consagrados, mas vai ter que arrumar um jeito de agradar o técnico que renovou as esperanças da torcida, que dava o ano como perdido por conta dos fiascos na Copa do Nordeste e no Pernambucano. Lisca e Eduardo não deixaram o dinheiro falar mais alto. Merecem o respeito de seus torcedores. Como comandantes tomaram a decisão correta em não abandonar o barco.