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Do joga-bonito ao joga-político na Seleção Brasileira

Ramon Andrade
Ramon Andrade
Publicado em 30/06/2015 às 10:10

Foto: AFP Foto: AFP

Periodista do espanhol "As" comenta comigo no centro de imprensa do Ester Roa, em Concepción, após a eliminação medonha da Seleção na Copa América: "No Brasil, não cabe mais o slogan joga-bonito". Sou obrigado não só a concordar, mas a adicionar: "Verdade, lá o que vale é o joga-político".

Outra constatação é que Dunga não deveria ser o técnico. Mais uma vez, concordo e adiciono que não caberia no atual contexto da CBF um treinador que não cooperasse com o modus operandi da instituição, com amistosos de fins lucrativos e convocações de atletas para valorizá-los no mercado internacional, visando uma comissão pelo negócio.

O periodista chacoalha a cabeça, compreende mas não entende a forma como se dá o futebol brasileiro. Na Espanha não tem santo, vide o contrato sob suspeita Neymar-Barcelona, mas má-conduta tem limite e há ainda um certo recato, e muita inteligência, para não se ficar dando na cara assim.

O futebol brasileiro entrou nessa encruzilhada imoral-financeira, onde poucos ganham muito dinheiro e milhões perdem a esperança, e o pior é que os (ir)responsáveis por isso estão matando a galinha dos ovos de ouro e daqui a pouco a mina seca. E do cenário valioso e criativo do nosso futebol só restará terra árida e infértil.

O periodista espanhol cerra um pouco os olhos, talvez construindo na mente um cenário digno de Mad Max para ilustrar o atual momento do futebol brasileiro. "Lo siento", diz o camarada, como quem deseja os pêsames pela morte de um ente querido. É quase por aí, mesmo.

A boa notícia que o espanhol traz do outro lado do Atlântico é que o jogador brasileiro - não confundir com o futebol - ainda está valorizado e é pouco provável que Neymar deixe o Barcelona, por exemplo, pois os catalães acreditam que o jogador é o substituto direto de um Messi que, com recém-completos 28 anos, já começa a demonstrar sinais de decadência. Na visão dele, que fique claro.

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