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É hora da seleção brasileira rever seus conceitos para o futuro

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 27/06/2015 às 20:50

11692979_10153210185117740_1217095032_n Foto: AFP

Não é só a eliminação para o Paraguai na Copa América que faz a gente questionar o futuro da seleção brasileira. É a forma como o Brasil atuou na competição que nos faz ter certo receio com o que vem pela frente com o time canarinho. Atualmente, a nossa seleção não tem um padrão de jogo para chamar de seu, mesmo que seja um padrão questionável, como era o de Dunga em 2010. A realidade é que o Brasil é um time desorganizado em campo, sem perspectivas. E foi desse jeito que empatamos em 1x1 com os paraguaios neste sábado, no Chile, e perdemos nos pênaltis de 4x3, mais uma vez diga-se de passagem. Nossos algozes irão enfrentar a Argentina nas semifinais. Pensando bem, foi melhor sair logo. Talvez seja melhor esse tipo de derrota para que possamos rever nossos conceitos.

Pior de tudo isso é que vamos começar as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 sem Neymar, nossa melhor esperança de algum tipo de sucesso. Como o Brasil não avançou para as semifinais, não fará os dois jogos restantes necessários para que o atacante possa cumprir a suspensão de quatro partidas imposta pela Conmebol. Ney agora terá que pagar o resto da punição nos dois primeiros compromissos das Eliminatórias. Se bem que até ele tem que revisar o seu papel na equipe. Não pode mais dar chiliques como aquele contra a Colômbia, por exemplo.

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Só que com Neymar ou não, o Brasil precisa se reencontrar como time. Qual o estilo de jogo da seleção atualmente? Prioriza o ataque, valoriza a posse de bola ou joga no contra-ataque? Ninguém sabe. Talvez porque não exista uma estratégia definida no time de Dunga, que mais parece confiar na bruxaria do que nos esquemas táticos. Assim, fica difícil ganhar não só do Paraguai como de qualquer time um pouco melhorzinho. Basta olhar a trajetória do time nesta Copa América. Sofremos para ganhar de Peru e Venezuela, enquanto perdemos para a Colômbia.

A critica ao futebol da seleção, porém, não se dá apenas pelos resultados. Os questionamentos também ocorrem porque acreditamos que é possível mais com esse grupo, que não consideramos tão ruim. O Brasil não tem a melhor geração do mundo quando comparado com outros países, como a Alemanha (sem sustos com o 7x1, por favor), mas tem um elenco capaz de equilibrar confrontos com qualquer time. Basta que nosso treinador escolha um estilo de jogo que se enquadre com o leque de opções que temos. O próprio Dunga fez isso na passagem anterior e conseguiu bons resultados. Difícil entender porque não o fez até agora.

O fato é que já chegou o momento de dar um freio a tantas dores com as apresentações da seleção. É hora de sentar e discutir a relação realmente. O que o Brasil quer daqui para frente? Quer jogar com espetáculo? Então que se trabalhe para isso, dentro e fora de campo, a gente não esqueceu que o problema está também na Confederação Brasileira de Futebol. O que não pode é ficar olhando o tempo passar e os resultados piorarem. Basta disso.

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