Foto: Guga Matos/JC Imagem
É certo que o Santa Cruz necessita qualificar o seu elenco para o restante da Série B. Só que mais do que isso, o técnico Marcelo Martelotte precisa cobrar maior eficiência dos jogadores que aí estão. O Tricolor não pode se dar ao luxo de desperdiçar tantas oportunidades como vem fazendo até agora na Segundona, ainda mais se quiser brigar pelo acesso.
Para se ter uma ideia, os corais até conseguem fazer o básico de um jogo de futebol: que é desarmar o adversário, ter maior posse de bola e finalizar mais. Só que falta aproveitar melhor esse volume de jogo. O Santa Cruz vem pecando nos detalhes e por isso não vem obtendo os seus resultados mesmo sendo o time que mais acerta passes e o que mais desarma na Segundona.
Contra o Boa Esporte, por exemplo, o Santa chutou mais a gol (9 finalizações corretas contra 2), deteve mais a redonda nos pés (51% contra 49%) e desarmou mais (27 contra 22). A grande questão é que faltou caprichar mais na hora de "matar" o jogo. Por isso o amargo empate em 0x0.
Aí entra o papel de Martelotte. Ele vai ter que cobrar maior concentração dos seus atletas enquanto os reforços não chegam. Já mostrou no passado que sabe montar esquemas eficientes de jogo. O problema é que tem pouco tempo para isso. Na 18ª posição, o Tricolor tem urgência por reagir. O problema é que qualquer mudança de postura, mesmo que mínima, exige um período maior de adaptação. A tarefa é difícil, mas Marcelo sabe bem disso, senão não teria aceitado a missão de comandar os corais.
