A péssima colocação em que se encontra o Santa Cruz depois de perder para o Paysandu não aterroriza o técnico Ricardinho. Ele procurou mostrar equilíbrio ao avaliar que seus comandados ainda não brigam contra o rebaixamento mas também não sabem o que vão almejar lá na frente. Ao mesmo tempo refutou o discurso de que ainda há tempo suficiente para reagir. Ele quer essa reviravolta o mais rápido possível. Primeiro somar pontos, depois se situar e fazer as projeções sobre qual setor da Série B será o dos corais.
"No futebol não existe ficar protelando, achando que faltam 30 e poucos jogos. Temos que pontuar porque os adversários vão abrindo uma pontuação que nos obrigue a fazer uma série de bons resultados para chegar perto. Nesse momento temos que reverter a situação imediatamente com uma vitória para trazer de novo a confiança e retomar um bom momento. Na sequência do campeonato vamos saber qual vai ser a situação porque nesse momento não existe rebaixamento nem onde pode chegar", disse.
Inclusive, ele admitiu que essa reversão do panorama já deveria ter sido feita, pois dentro dessa sequência de três derrotas, uma delas foi dentro de casa, na rodada passada diante do ABC.
Como fazer isso? Para ele tendo atitude principalmente quando chega o momento de decidir as jogadas. "Para reverter o resultado precisamos estar mais atentos. Não pode ficar só no discurso", lembrou. Ele também deixou claro que um pouco de qualificação no elenco será necessária. Para isso lembrou o exemplo do atacante Nathan, substituído por estar muito desgastado. "Tivemos que mudar mas não tinha outro jogador com a mesma característica dele para podermos usar a velocidade".
CONCEITO
Avaliando o jogo em si, Ricardinho explicou que, desta vez, tentou mudar um pouco a forma da equipe jogar. Ao invés do excesso de passes ele queria um time marcando forte no meio e mais veloz, jogando mais na vertical quando tomasse a bola. A primeira parte até que foi executada, principalmente no início do segundo tempo. A segunda... "Temos que ser um pouco mais objetivos quando tempos a bola, queremos um pouco mais, trabalhar com velocidade", disse.
Ele também observou a desatenção na defesa, que custou o segundo gol do Paysandu e a incapacidade de seu time fazer o mesmo quando o adversário dá a chance. "Conseguimos ficar bem postados e ter bons momentos, mas não conseguimos aproveitar. E damos ao adversário a condição de transformar isso em algo positivo para eles. Foi assim com o ABC".
