Blatter venceu mas sai menor da eleição da Fifa
Para a Conmebol e Concacaf, o crime compensa.
As duas confederações, que reúnem as seleções da América do Sul, Central e do Norte, envolvidas até o pescoço no escândalo da Fifa e com atuais e ex-cartolas saindo algemados do hotel suíço, mantiveram suas vagas para a Copa do Mundo.
Às custas, claro, do apoio irrestrito ao presidente Joseph Blatter.
E por irrestrito, do jeito que as coisas andam, leia-se atividades lícitas ou não.
O caso mais emblemático é o da Conmebol.
A Uefa fazia uma pressão danada para que os sul-americanos perdessem a quinta vaga, aquela famosa da repescagem. Usaram inclusive a baderna no último Boca x River na Libertadores para convencer a Fifa de aumentar de 13 para 14 os europeus na Copa.
Convencimento que definitivamente viria em forma de voto na eleição dessa sexta (29).
Mas como a Uefa decidiu votar contra Blatter, não se sabe ao certo se em protesto pelos os escândalos ou por não ter sido chamado para participar da farra de propinas, a América do Sul manteve o direito de poder emplacar 50% dos seus filiados no Mundial.
A Concacaf também mantém a oportunidade de classificar quatro de suas seleções, incluindo aí, curiosamente, os Estados Unidos, que deram o start em todo o processo.
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