Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Já no final da entrevista coletiva, o técnico Eduardo Baptista lembrou os dois pilares em que o Sport encontrou sustentação após os fiascos do Pernambucano e Copa do Nordeste: um técnico e outro comportamental. Lembrou que as oportunidades criadas agora são mais aproveitadas e usou os números nessas três primeiras rodadas do Brasileirão: primeiro colocado, ataque mais positivo (sete gols) e artilheiro (Diego Souza). Trouxe informação dos bastidores, algo raro para um técnico tão reservado quando ele: nas preleções lembra sempre o momento mais difícil para ninguém deixá-lo voltar.
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"O time se mostrou decisivo quando teve oportunidades. Fez (os gols) e ganhou. No Pernambucano acabamos 12 pontos à frente do campeão e na hora de decidir não decidimos. Dominamos o Salgueiro, criamos mas não convertemos. Fomos superiores ao Bahia em três tempos. No jogo da Ilha perdemos sete chances dentro da área", lembrou.
A informação das preleções veio depois de ser perguntado qual o sentimento com a posição de destaque ocupada. Obviamente ele se disse feliz mas lembrou que o brilho é maior pela situação adversa em que o grupo se encontrava há menos de um mês. "Reverter como fizemos não é fácil. Sempre coloco nas preleções uma manchete de quando fomos eliminados pelo Salgueiro para não esquecermos isso. Está bom hoje mas precisamos fazer mais 35 rodadas nesse nível de concentração", lembrou.
E já que o assunto é reconhecimento também há o lado pessoal, pois o comandante leonino foi algo de especulação mais uma vez, desta vez, numa transferência para o Grêmio. "Massageia o ego mas ainda tenho muito a fazer. Isso serve para olhar no espelho nos momentos difíceis e dizer que não é tão ruim e nos momentos bons dizer que não sou tão bom assim. Tenho uma missão no Sport e espero concluir".
Sobre o jogo em si, Eduardo lembrou as dificuldades enfrentadas durante os dias de preparação ao lembrar que na sexta-feira ainda não tinha um time. No sábado o meia Diego Souza pediu para não treinar porque estava mal. Por isso ele colocou o triunfo deste domingo como mais fruto de superação de muita gente que não estava com cem por cento de condições como os meias Régis e Neto Moura. "Dá orgulho trabalhar com um grupo desse porque eles sabem que quando não dá na organização vai no braço, na força".
FOLGA
Como o time só volta a campo no próximo domingo (31), a comissão técnica deu dois dias de folga. O retorno aos trabalhos será apenas na quarta-feira (27), em dois períodos. "Estamos há quase um mês trabalhando de sol a sol. Foi uma semana muito complicada com as viroses", disse.