O Governo do Estado deve ter em mão em 180 dias o estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) sobre a viabilidade econômica da Arena Pernambuco. A FGV cobrou R$ 1,3 milhões para chegar a conclusão que todo mundo praticamente já sabe: o atual contrato tem que ser alterado.
O principal calo atual do contrato é justamente a cláusula que prevê a compensação por parte do Governo para cobrir os custos de operação da Arena Pernambuco, orçado em R$ 110 milhões por ano.
Pela cláusula, se a Arena arrecadar menos de 50% desse valor - como aconteceu em 2014, quando o arrecadado foi R$ 25 milhões - o Governo cobre integralmente a quantia pretendida, ou seja, os R$ 55 milhões.
O que deixa a Arena na confortável situação de lucrar quando tem prejuízo.
Nos corredores do Palácio, o que se especula é que de posse do estudo da FGV, o Governo vai pressionar pela mudança da cláusula, usando ainda o fato de o consórcio que administra a Arena não ter tocado a Cidade da Copa como agravante.
Caso a Arena não arrede o pé, a saída será a rescisão do contrato.
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