Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Por Felipe Amorim, da editoria de Esportes do Jornal do Commercio
O Santa Cruz chega à final do Campeonato Pernambucano no seu melhor momento na competição. Depois de um início trôpego, com duas derrotas seguidas por 3x0 (para Sport e Serra Talhada) e de ter o trabalho do técnico Ricardinho bastante questionado, a equipe coral agora é totalmente outra. Basta ver os números e as últimas apresentações para confirmar a boa fase.
Para começar, o Santa Cruz não perde na competição há cinco partidas seguidas. Neste período, venceu quatro jogos e empatou um, quando marcou 11 gols e sofreu apenas um. A última derrota foi justamente contra o Salgueiro, no 1x0 sofrido no Cornélio de Barros, no dia 8/3, válido pela sétima rodada do Hexagonal do Título.
O equilíbrio, tão procurado pelo técnico Ricardinho e seus comandados a cada treino e exibição na competição, parece, enfim, ter chegado às Repúblicas Independentes do Arruda. O problema no gol, antes evidente, não existe mais. As laterais, outra preocupação do treinador, pelo menos no lado esquerdo tem com Tiago Costa o seu titular absoluto. Bruninho é soberano na cabeça de área. Na criação das jogadas, onde morava uma série de passes errados, hoje tem abastecido bem os atacantes. Até Betinho, antes muito criticado, já marcou cinco gols e hoje é o artilheiro do time na temporada.
“No início, quando estávamos montando o grupo, havia muita desconfiança, mas futebol exige tempo para montar um time competitivo. E tudo isso que estamos vendo em campo é mérito dos jogadores. Ainda não temos uma equipe pronta, é verdade, mas ela está bem interessante”, disse o técnico Ricardinho.
A incerteza de muitos no início da competição é até explicável. Após desmanchar praticamente todo o elenco de 2014, contratar 17 atletas e reformular todo o elenco, eram até esperados alguns tropeços, como falou o próprio treinador coral. “O maior desafio é sempre a montagem da equipe. Infelizmente, tivemos que montar quase que um grupo novo. E demorou um pouco, como é normal, para fazer que esses jogadores virassem um grupo”, explicou Ricardinho.
De fato, hoje há poucos motivos para o treinador coral reclamar. Até os recorrentes problemas com lesões de seus principais atacantes, pacientes do Departamento Médico ao longo de praticamente toda a competição, se recuperaram a tempo e estão (com a exceção de Waldison) todos disponíveis desde o confronto diante do Central. Agora, atravessando um bom momento, com todos os atletas à disposição, só resta uma coisa. “Agora falta o último passo. O trabalho só se consolida com a conquista do campeonato”, encerrou Ricardinho.
