Por Diego Toscano, da editoria de Esportes do Jornal do Commercio
Em grande fase na temporada, o Salgueiro ainda não perdeu para o Santa Cruz na temporada. No total, foram dois jogos, ambos com resultado de 1x0 para o Carcará, no Arruda e no Cornélio de Barros. A vantagem de ser o favorito, porém, nem passa pela cabeça dos sertanejos em sua primeira final do Pernambucano. E as explicações são muitas.
Primeiro, a disparidade financeira. Hoje, o Salgueiro paga em torno de R$ 350 mil de salário para o elenco, enquanto a folha do Tricolor do Arruda passa dos R$ 600 mil por mês. Em segundo lugar, o centenário Santa Cruz busca o 28º título pernambucano, enquanto o emergente Carcará, com apenas dez anos, vai tentar levar o primeiro troféu estadual.
Dentro de campo, porém, o Carcará surpreendeu na temporada, eliminando o Náutico e o Sport no Pernambucano. “O financeiro e as condições estruturais são diferentes. Porém, com um time bem treinado, a partida se resolve dentro de campo, no 11 contra 11”, explicou o diretor de futebol do Carcará, Carlos José.
O respeito pelo Santa Cruz não é da boca para fora. Nas seis perguntas feitas pelo JC Online ao diretor de futebol, cinco delas tiveram como primeira resposta o respeito pelo Tricolor do Arruda, que vai para a sua quarta final em cinco anos. “Sabemos da dificuldade que vamos encontrar. O Santa Cruz tem um time excelente, com um treinador que só jogou em clube grande e capacitado. A gente vai ter que ter muito respeito e, principalmente, trabalhar muito”, afirmou Carlos. “O Santa Cruz é uma grande equipe, e temos de vencer a final nos 180 minutos”, afirmou o técnico do Carcará, Sérgio China.
