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Análise: Quando a voz da torcida precisa de ponderação

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 17/04/2015 às 10:14

Apesar da vitória sobre o Cene, Baptista foi alvo da torcida. Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem Apesar da vitória sobre o Cene, Baptista foi alvo da torcida. Foto: Alexandre Gondim / JC Imagem

Que o torcedor tem o direito de protestar não há dúvidas. Diz a cultura popular do futebol que a voz dele tem que ser ouvida, seja qual for o momento, ainda mais quando encara as dificuldades dos horários ingratos de jogos e outros problemas que é melhor nem falar. Mas peço licença para discordar do que foi feito nessa quinta-feira na Ilha do Retiro, durante a vitória do Sport sobre o Cene-MS, quando os rubro-negros presentes tiraram boa parte do tempo para pegar no pé do técnico Eduardo Baptista e do volante Danilo, personagens centrais da eliminação para o Bahia no Nordestão. Por mais que a dupla tenha culpa ou não na saída do regional, nada justifica uma hostilidade tão grande, digna de profissionais que rebaixaram um clube, ou pior.

No caso de Eduardo a situação se torna ainda mais injusta pelos serviços prestados que ele tem. É importante lembrar que antes dele assumir o Sport vinha de três anos sem títulos. Ele não só colocou o Leão na rota das conquistas como trouxe a confiança para os torcedores. Claro que tudo isso não o torna acima do bem e do mal. Mas querer que ele saia ganhando tudo sempre, ainda mais quando lembramos que ele tem menos de dois anos como técnico (o que implica em erros naturalmente) é de uma cobrança excessiva. Convém ressaltar que os rubro-negros chegaram até a semifinal e perderam para o Bahia, e não para o Socorrense na primeira fase - com todo respeito ao time de Sergipe. Ou seja, querendo ou não ele levou o time até as últimas fases da competição. Perder ainda faz parte do jogo.

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Já Danilo paga por estar na hora errada, no lugar errado e no momento errado. Acabou sendo o escolhido para cristo por entrar no lugar de Neto, um dos melhores no primeiro tempo contra o Bahia. A grande questão é que ele entrou com uma função diferente da do companheiro que saiu. A estratégia não deu certo não porque era Danilo, mas porque foi pensada de maneira equivocada por Eduardo. Poderia ser qualquer um ali que possivelmente o Bahia, e Souza, teriam aproveitado para virar o confronto. Infelizmente para Danilo, ele foi o escolhido. Paga de maneira injusta por um erro que não foi dele.

Não que eu esteja sugerindo que as críticas não venham, pelo contrário. Mas é preciso um pouco de ponderação até mesmo nas horas em que a paixão fala mais alto. Senão a crítica vem somente pela crítica. Chega nem a ser corneta para se tornar uma vuvuzela imensa e cruel, ainda mais quando o jogador em questão nem chegou a entrar em campo. Só faz desgastar quem ainda pode, e quer, ajudar. Se a cada derrota que o Sport tiver na temporada, a torcida agir do jeito que fez ontem, vai ser complicado encontrar uma escalação até o final do ano. E olhe que foram menos de 2 mil torcedores no campo.

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