O que uma vogal não faz.
Foi só Biteco trocar uma vogal pela outra no nome dele que deu no que deu. Começou bem o Estadual, era o garçom do time do Santa, mas essa tabelinha jogador de futebol e garçom nunca deu muito certo.
Se o problema fosse Coca-Cola, ele não teria perdido o gás.
O início de Biteco no Arruda foi de arrepiar. E não estou falando só do cabelo dele. Era um tal de Diego Souza para lá, Fillipe Soutto para cá, mas que nada, quem dava as cartas era Biteco, sóbrio em campo, tocando bola e fazendo gol.
E o tricolor nas arquibancadas, assim como ele, foi ficando de cabelo em pé.
Eu, mesmo, apostei minhas fichas no cara. Só que de uma hora para outra Biteco foi sacado do time, segundo revelou, por problemas internos. A saideira foi num clássico contra o Náutico e desde que Ricardinho viu que a bola dele estava choca, colocou o jogador na geladeira.
Entrou numa fria por causa de uma gelada.
Biteco veio do futebol alemão, onde todo dia é Oktober Fest, confundiu as coisas e quase que bota água no chope na passagem dele por Pernambuco. Mas errar todo mundo erra e quem sou eu, que não acerto uma, para atirar a primeira pedra.
Agora que a ressaca acabou, é passar a régua na má fase e dar a volta por cima. Biteco tem futebol para isso, tenho certeza. É só brindar o tricolor com gols e embriagar a torcida. E aí, sim, meu caro, levantar o caneco que vale à pena.
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