Páscoa abraça Samuel, autor do gol da vitória no tempo normal. Foto: Diego Nigro / JC Imagem
Magrão nunca foi tão Magrão.
Mas não houve para mim outro jogador em campo que simbolizasse a classificação do Sport na Copa do Nordeste mais que o zagueiro Ewerton Páscoa.
Afinal, o jogo exigiu sacrifício. E Páscoa não fugiu da luta.
Ele sabe que a barra não está leve para o lado dele, com um início de temporada instável, mais baixos do que altos, tanto que o Sport já trouxe outro zagueiro.
E enquanto marcava os atacantes adversários, Páscoa era marcado pela sombra da cara nova que chegou na Ilha, fungando em seu cangote, doido para pegar a vaga.
Por isso correu como nunca, de um jeito que o músculo não suportou. Foi muita alma para pouco corpo.
Mesmo assim, o zagueiro não se entregou. Se outros desistiriam, se renderiam ao músculo rompido e assistiriam à luta do grupo do banco, problema dos outros.
Ele, não.
Em campo estava e em campo ficou. Suportou a dor até o fim. Mostrou que pode ter problemas com a bola no pé.
Mas não com a bola no coração.