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Eduardo Baptista e a tentativa de resgatar Diego Souza

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 04/03/2015 às 9:45

Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem

Maior investimento da diretoria do Sport para esta temporada o meia Diego Souza ainda não teve uma atuação digna de elogios. O histórico do jogador prova que a sua carreira está em declínio. Não pelo dinheiro, afinal, ainda ganha um salário dos moldes dos clubes do Sul e Sudeste do país. O problema é que ele parece estar acostumado com atuações pífias, mais parecendo um ex-jogador em pelada de fim de ano, do que um profissional que um dia fora desejado pelos principais clubes do futebol brasileiro, e camisa 10 da Seleção Brasileira.

Precisa recuperar o prestígio e calar a boca dos críticos. O coitado do técnico Eduardo Baptista é quem está pagando a conta. Outra vez o comandante mudou o seu posicionamento no time. Contra o Socorrense pela Copa do Nordeste Diego vai atuar mais centralizado, deixando o lado esquerdo. Talvez resolva e ele volte a jogar bem, mas talvez não.

A sua passagem pelo Cruzeiro em 2013 reserva muitas semelhanças com o momento atual. Na Toca da Raposa ele também chegou com status de grande contratação, mas nunca conseguiu entrar em forma, e passou o tempo todo sendo defendido pelos dirigentes, porém criticado pela torcida.

O técnico Marcelo Oliveira fez diferente de Eduardo Baptista, mexeu pouco em seu posicionamento e praticamente só o escalou como segundo meia, muitas vezes ao lado de Everton Ribeiro. A cada partida ruim saía em sua defesa  afirmando que ele estava adquirindo ritmo de jogo e se entrosando com o grupo (como agora no Sport).

A paciência durou seis meses e a diretoria  celeste percebeu que não havia mais clima para o jogador. Em julho Diego foi negociado com o Metalist-UCR por seis milhões de euros. O então presidente do Cruzeiro, Gilvan Pinho Tavares, resumiu o que foi a passagem do meia no clube:

"O Diego Souza é um excelente jogador, foi um investimento caro e foi uma transação feita no fim de 2012. Ele foi a maior esperança da torcida do Cruzeiro. Ele não apresentou a mesma técnica do Vasco e não atingiu a plenitude da forma técnica e física". Parte física também foi por um bom tempo o discurso da comissão técnica do Sport. Agora é apenas 'questão técnica'.

Quando Diego chegou na Ilha, Eduardo Baptista disse que o jogador era bom em várias posições, e fez testes antes de consultar a sua última boa temporada.  A primeira 'melhor' solução foi utilizá-lo como atacante. “Neste momento, achei a posição de Diego Souza. Porque ele está jogando como centroavante, mas há momentos em que ele consegue sair e armar. Além disso, está sempre próximo à área".

DS não foi bem e o treinador procurou analisar o seu posicionamento no Vasco de 2011, último grande ano do jogador.  Com Ricardo Gomes e Cristovão Borges (técnicos do Cruzmaltino na época) o atual  camisa 87 do Leão jogava com mais liberdade e caía pelos dois lados do campo.

A diferença é que aquele Vasco jogava com três volantes, e, diga-se de passagem, ótimos no passe (Felipe Bastos, Alan, Nilton, Felipe, Rômulo, Eduardo Costa) três desses seis eram escalados. E olhe que no final Juninho Pernambucano também chegou para qualificar o meio campo.

Foto: Diego Nigro/JC Imagem Foto: Diego Nigro/JC Imagem

O Sport não tem as mesma peças. Eduardo percebeu isso, voltou atrás e o colocou em uma posição que já foi testada e também não funcionou (centralizado no meio)." Como meia ele arma, mas fica longe do gol". Palavras ditas na mesma entrevista em que afirmou ter encontrado a sua real posição,  atacante.

Enfim o que se nota é que há um rodízio de posicionamento tanto em Diego quanto nos outros jogadores. Tudo isso para agradar um atleta caro e que parece ter deixado o bom futebol em São Januário. O técnico já testou em todos os setores, com praticamente todos os jogadores do elenco.

Enfim, depois de tantas tentativas Eduardo poderá resgatar o bom futebol do meia de 30 anos, e quem sabe até vê-lo fazer gols de placa como o que anotou em cima do Cruzeiro após dar um banho no goleiro Fábio, ou o pela Libertadores diante do Lanús em São Januário.  Ou então a sua passagem será uma vaga lembrança de um craque que não deu certo no Rubro-Negro pernambucano.

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