João Paulo fez o gol que garantiu um ponto para o Náutico. Foto: Guga Matos/JC Imagem
A esperança era grande para o atacante João Paulo começar o ano de 2015 com todo gás depois de enfrentar diversos problemas clínicos no ano passado. Mas quis o destino que ele aguardasse mais um pouco, pois logo no primeiro jogo oficial da temporada ele sofreu uma lesão muscular na coxa esquerda. O aguardado retorno veio em grande estilo neste domingo (22). Ele entrou no segundo tempo, deu mais agressividade ao ataque do Náutico e, de quebra, marcou o gol que selou o empate por 1x1 contra o Central, resultado que aliviou um pouco a vida dos alvirrubros para os dois jogos seguidos contra o Santa Cruz.
Além do gol ele comemorou bastante o fato de ter feito todos os movimentos e não sentir nenhum resquício da contusão. "Não senti nada durante o jogo. O nosso objetivo era a vitória, mas infelizmente ela não veio", disse. Mesmo com a equipe ainda formada por muitos garotos da base oscilar durante os jogos, ele acredita que os momentos difícieis não vão fazer ninguém baixar a cabeça.
"Fico triste quando vejo torcedores xingando, dizendo que um ou outro jogador não presta. Mas não vou baixar a cabeça. A gente sabe o potencial que tem", pontuou. Por conta dessas ironias do futebol, o atacante disputa a posição justamente com outro atleta que veio das categorias inferiores do Náutico, Renato. Ambos se conhecem há muito tempo e, por isso, a disputa é sadia. "A briga é sadia, que jogue o melhor. Quando ele joga fico feliz também", disse.
Outro atleta cria da casa mostrou maturidade em assumir a responsabilidade. Foi o zagueiro Diego, que reconheceu o erro no gol do Central. "Eu poderia entrar rasgando e tentei dominar. Fui infeliz. Mas temos um time de personalidade e estamos de parabéns pela partida", disse.
E é por conta desse tipo de atitude que a garotada recebeu elogios do goleiro Júlio César quando analisou os erros dos companheiros. Para ele, são erros que com um pouco mais de concentração se ajeitam e a pouca idade influencia nisso. "Mas os meninos estão matando no peito e encaixando aos poucos. Por mais que seja um grupo jovem tem muita qualidade e está mostrando isso".
