Foto: Alexandre Gondim/JC Imagem
Vai entender o futebol.
Contratado com pompas pelo Sport em 2013, o volante boliviano Chumacero foi um fiasco do tamanho da Ilha e desapareceu sem deixar saudades. Daí, em plena Terça-Gorda eu ligo a TV e vejo o cabrinha botando o Inter na roda, fazendo dois dos três gols da vitória do The Strongest, pela Libertadores.
Você diria que são os 3.6 mil metros acima do mar de La Paz, pois aqui embaixo, em La Guerra, a história é bem diferente. Pode ser. Então faltou ao Sport quando trouxe Chumacero contratar a altitude junto.
Coincidência ou não, o rubro-negro Luiz Netto havia me perguntado sobre Chumacerro durante o Carnaval. Inclusive, onde ele estava, e aí já não preciso responder mais: fazendo gols pelo The Strongest. Mas o torcedor queria saber ainda como foi a saída do boliviano, que tinha contrato de cinco anos com o Sport.
Pois bem, meu caro, Chumacero foi meio que devolvido ao The Strongest. Andava sorumbático pela Ilha, reclamando das coisas, inclusive do excesso de oxigênio e da falta de popularidade. Em La Paz, o cara mandava e desmandava e aqui a única vez que o sarará boliviano deu autógrafo foi para um desavisado do torcedor do Santa que o confundiu com Caça-Rato.
O Sport, é óbvio, perdeu dinheiro com a história, mas espera recuperar um pouco o prejuízo caso Chumacero continue botando quente na Libertadores. O acordo com o The Strongest prevê um rá-rá no valor de uma possível venda, metade para cada um.
Cada gol de Chumacero nas alturas é uma expectativa de pingar um faz-me-rir nos cofres da Ilha.