O silêncio da Arena incomoda.
Uma semana de polêmica e especulações envolvendo cifras milionárias e quebras de contrato, que poderiam muito bem ser evitadas se a Arena fizesse o esperado: esclarecesse as coisas. A conversa é sempre a mesma, cláusula de sigilo e tal, mas os engravatados que me perdoem, nada pode ser sigiloso quando o dinheiro público está em jogo.
Nunca é demais lembrar que além de concreto e cimento, a Arena foi construída com os impostos dos trabalhadores e é ele também que entra em campo quando as contas não fecham. Sem falar do Todos com a Nota, que franquia a participação do público através de uma engenharia fiscal.
Se não há nada de errado - como eu sinceramente imagino que não haja - envolvendo as negociações da Arena com os clube pernambucanos, então não vejo nenhum problema em se abrir a caixa-preta dos contratos e explicar se existe, por exemplo, a tal cláusula que proteje o Náutico de receber menos que outro clube, ou tudo não passa de um delírio coletivo nos Aflitos.
Afinal, se sou eu e você quem financia contratos milionários, nada mais natural em saber sobre valores e procedimentos dessas relações. Até porque o contribuinte também torce por um time e o mínimo que ele merece é ser informado que a fração retirada do suado salário dele em forma de imposto está sendo bem utilizada no clube de coração ou pagando o salário do atacante adversário.
Sigilo com o dinheiro dos outros soa bonito. Mas para mim, não cola.
