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Mais que capitães, goleiros de Náutico e Santa trazem confiança

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 06/11/2014 às 20:29

julio tiago ok

Por Marina Padilha e Matheus Albino

Quando Náutico e Santa Cruz entrarem em campo para o clássico das emoções no próximo sábado, na Arena Pernambuco, as braçadeiras dos capitães estarão nos gols. Da meta de cada uma das equipes, Júlio César e Tiago Cardoso serão os responsáveis não só por parar o ataque adversário, mas por liderar as equipes. Destaques entre alvirrubros e tricolores, os goleiros são, além de ídolos da torcida, essenciais para os técnicos.

Do lado alvirrubro Júlio César é sem dúvidas o maior responsável pelo Náutico não estar em situação pior na tabela de classificação da Série B. Desde que entrou no time, contra o Vasco, ainda no início do primeiro turno, o goleiro se destacou em vários jogos e salvou o time de derrotas. Com larga experiência em clássicos, já que defendeu por várias vezes o Corinthians diante de Santos, São Paulo e Palmeiras, ele pode fazer a diferença a favor do Timbu, mas sabe que do outro lado também tem um grande goleiro.

"A experiência em clássicos sempre ajuda mas cada jogo tem a sua diferença. O Tiago conhece bem esse clássico, é um grande goleiro, todos sabem disso. Espero que seja bom para todos mas que a gente saia vencedor", disse. "Ele já ganhou alguns, chegou a hora de ganharmos o primeiro, será especial", contou. Júlio escolheu de que forma prefere que o Náutico vença e quebre o tabu de 19 meses sem vencer o rival. "Tabu foi feito para ser quebrado. Um a zero com gol de pênalti, sem culpa do Tiago Cardoso está de bom tamanho (risos)", completou.

Enquanto isso, Tiago Cardoso esteve em campo em todas as 33 partidas disputadas pelo Santa Cruz na Série B deste ano. Aos 30 anos, é o mais velho da equipe e tem experiência quando o assunto é clássico das emoções. Desde que chegou ao Arruda, em 2011, o Camisa 1 já jogou contra o Náutico onze vezes - venceu seis, empatou três e perdeu apenas duas partidas.

Como capitão e goleiro da equipe, admite que às vezes é difícil liderar devido à falta de mobilidade em campo. Assim, acaba perdendo os detalhes de alguns lances que podem precisar de intervenção e que, por isso, a responsabilidade precisa ser compartilhada.

"Acho que fui escolhido como capitão porque sou um dos mais velhos e conheço mais o clube porque estou há mais tempo. Assim, tenho mais propriedade para orientar os demais, mas, dentro de campo, todos têm liderança. Principalmente porque às vezes estou longe do lance e não consigo enxergar, então preciso do auxílio dos demais", explicou.

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