Tony (e) marcou o primeiro gol e foi expulso no fim do primeiro tempo. Foto: Diego Nigro/Acervo JC Imagem
Não é exagero dizer que o Santa Cruz deu uma aula de como vencer sem quase tocar na bola no triunfo por 2x0 diante do Ceará, na sexta-feira (24), no Castelão, em Fortaleza. O tricolor teve números baixos, alguns bem inferiores ao do adversário, mas esbanjou objetividade e eficiência para construir a vitória que pode ter sido crucial para seu futuro na Série B.
De acordo com os números levantados pelo site Footstats, a diferença na posse de bola foi acachapante: 63,1% para os cearenses e 36,9% para os tricolores. Obviamente que o fato de ter jogado praticamente todo segundo tempo com um jogador a menos - Tony foi expulso - contribuiu para isso. A troca de passes seguiu esse ritmo. O Ceará trocou bolas 378 vezes contra míseras 146 dos corais.
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Nas finalizações certas o time da casa também venceu por 9x5, porém no meio do caminho tinha um Tiago Cardoso. Das cinco tentativas pernambucanas em direção ao gol, duas passaram, o que rende um aproveitamento próximo de 50%.
Outro fundamento, os cruzamentos, mostram que a defesa coral estavam bem montada mesmo com o domínio territorial do Ceará. O Vozão levantou a bola na área nada menos que 33 vezes contra apenas 11 do Santa Cruz. A diferença é que essa cachoeira de bolas caindo na área só quatro chegaram nas cabeças - ou pés - dos atacantes cearenses. Os visitantes acertaram apenas dois.
Esse volume troca de lado mas mantém a proporção quando avalia-se os lançamentos. O Santa arriscou a bola longa 49 vezes e só acertou 11, uma mostra clara de um time que evitou sair trocando passes e optou por contra-ataques. O Ceará lançou 31 vezes, acertou 16 e errou 15.
Os dois times ficaram mais equilibrados na hora de destruir. Os corais desarmaram 17 vezes, apenas duas a mais que os alvinegros. Nas faltas, o Ceará cometeu 21, quatro a mais que o tricolor.
