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Náutico é mais objetivo e vence o Paraná por 3x1

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 26/09/2014 às 21:26

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O Náutico aprendeu a lição do insosso empate com a Portuguesa, na última terça-feira. Teve bem menos posse de bola que o Paraná mas compensou na objetividade e por isso venceu por 3x1 na noite desta sexta-feira (26), na Arena Pernambuco. Os passes laterais deram lugar a passes longos e infiltrações pelo meio. Foi desta forma que os três gols surgiram.

Quem ficou emperrado no longo congestionamento na Avenida Abdias de Carvalho não viu o Náutico abrir o placar. Aos dois minutos, Sassá lançou Tadeu. O camisa 9 entrou na área e já passava por Murilo, que esticou a mão e derrubou o atacante alvirrubro. Não havia como discutir a penalidade. O próprio Tadeu foi para a cobrança, aos três, e apesar de bater fraco, a bola entrou no canto direito.

O jogo praticamente começou quando o Paraná deu o reinício. E o time de branco explicou depois do gol porque havia aberto o placar tão cedo. Com três atacantes - Crislan, Tadeu e Sassá - o timbu começou o jogo pressionando a saída de bola. Medida certa, já que meias e atacantes paranaenses têm por característica a troca de posição constante.

Só que o sufoco imposto pelos pernambucanos durou pouco. Pouco mais de dez minutos. O Paraná deu ao Náutico o gosto de seu próprio veneno. E como o timbu tinha dois terços de seu meio de campo composto por marcadores - João Ananias e Paulinho - e os laterais têm a natural dificuldade de criar, o time só conseguia chegar à frente na bola longa.

O Paraná passou a jogar mais no campo ofensivo mas sem conseguir entrar na área vermelha e branca

. Os chutes de fora da área que chegaram pararam nas mãos de Júlio César. O timbu também teve suas dificuldades e só conseguiu encaixar um contra-ataque aos 46 minutos. E foi fatal. Raí lançou da grande área defensiva para Furlan, que entrara na vaga do machucado Crislan. Ele dominou, esperou Tadeu chegar e tocou para ele. A cartilha do toco y me voy argentino foi seguida à risca. Furlan apareceu no espaço vazio, recebeu de Tadeu e tocou rasteiro na saída de Murilo. Náutico 2x0.

Os visitantes voltaram para o segundo tempo com Tiago Alves no lugar de Júlio César. O objetivo era aumentar o poder de finalização. E até aumentou mas o problema era que o time paranista continuava fazendo isso muito longe do gol. Quando o fez da maneira que deveria, Henrique perdeu o gol cara a cara com Júlio César depois de receber passe de Arthur.

Apesar de aumentar a produção ofensiva, a entrada de Tiago Alves diminuiu um pouco a marcação do Paraná. Por isso, quando a bola chegava limpa nos pés de Vinícius o timbu assustava. Aos 21, Vinícius chutou cruzado e acertou a trave direita. Dois minutos depois, Sassá girou rápido e chutou raspando a trave esquerda. As infiltrações que o timbu não fez no empate com a Portuguesa desta vez apareceram. Curiosamente era justamente isso que faltava ao Paraná.

Virou o duelo do toque de bola, muitas vezes, exageradamente lateralizado, contra a objetividade. E a objetividade sacramentou a vitória no fim do jogo. Aos 38, nova infiltração de um meia. Vinícius avançou e chutou no canto direito para fazer 3x0.

Como o tempo era curto demais e mesmo assim o Paraná não desistiu de seu gol. E terminou recompensado aos 48, último minuto. Henrique recebeu de Lúcio Flávio na marca do pênalti e fuzilou Júlio César.

Ficha do jogo:

Náutico: Júlio César; Rafael Cruz, William Alves, Renato Chaves e Raí; João Ananias, Paulinho (Elicarlos) e Vinícius; Crislan (Bruno Furlan), Tadeu (Cañete) e Sassá. Técnico: Dado Cavalcanti.

Paraná: Murilo; Chiquinho, Jean, Alisson e Paulinho; Edson Sitta, Lucas Otávio (Marcos Serrato), Henrique e Lucio Flavio; Júlio César (Arthur) e Giancarlo (Tiago Alves). Técnico: Ricardinho.

Local: Arena Pernambuco. Árbitro: Carlos Ronne Casas de Paiva (AC). Assistentes: Jean Carlos Rodrigues da Silva e Mario Jorge Ferreira Lima (ambos do AC). Gols: Tadeu, aos três; e Bruno Furlan, aos 46 do primeiro. Vinícius, aos 38; e Henrique, aos 48 do segundo. Cartões amarelos: Alisson, Murilo e Júlio César.

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