Nem a chuva que desabou sobre o Recife no início da semana passada diminuiu a 'secura' de um grupo de amigos pelo jogo de bola. Afinal, já se foram quase 16 anos com as reuniões semanais sob todo tipo de clima - exceto neve, já que ela não faz parte as estações do ano no Nordeste. A pelada começou como uma extensão do Caldeirão, uma reunião de amigos que virou sinônimo de samba e pagode no Recife e hoje, apesar de independente, ainda mantém a marca como constam os coletes dos peladeiros, muitos deles músicos e ex-músicos.
O encontro acontece toda segunda-feira no bairro do Parnamirim e, como todo futebol de rua - embora a rua seja cada vez menos palco de peladas - não faltam personagens. Coube ao presidente do grupo, Beto Melo, o papel de mestre de cerimônias. O artilheiro Salsicha, o canhão Fábio Lamenha e o banheirista Gustavo Jordão são algumas das figuras carimbadas dos jogos que se estendem das 21h às 22h30.
Como gozavam de grande popularidade, os peladeiros/sambistas rapidamente fizeram amizade com alguns ex-jogadores e músicos de bandas consagradas. Nildo e Kuki já pisaram na grama sintética, assim como o músico Vavá, da banda Karametade. Quem frenquentava o local até pouco tempo atrás era Elizeu, volante que surgiu com grande potencial no Sport e deixou o clube de forma polêmica em 2009.
