Foto: Acervo/JC Imagem
Mesmo deixando a presidência do clube para se dedicar à política partidária, Luciano Bivar continua na lista dos principais nomes relacionados ao Sport. Ele faz parte do grupo de doze rubro-negros que são donos do terreno onde foi construída a estrutura do CT José de Andrade Médicis. Diante da possibilidade de transferência do espaço - questão abordada pelo Blog do Torcedor nesta semana - Bivar deixou claro que ainda tem resistências quanto ao projeto apresentado.
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"O centro de treinamento é nossa fábrica de fazer jogadores. Podemos colocar em risco nossos futuros craques. Acho que a ideia da transferência pode deixar o patrimônio nas mãos de futuros gestores aventureiros que, se contraírem dívidas, podem perder isso" disse. O ex-presidente ainda garantiu que a torcida rubro-negra não tem com o que se preocupar, já que o Sport tem direito ao aluguel do espaço por 90 anos, renovável por outros 90. "Foi uma aquisição feita com muito sacrifício. No momento, acredito que o clube tem muito mais segurança se o CT permanecer no nome da associação", completou.
Regularmente em contato com Humberto Martorelli, a quem passou a presidência, Bivar disse que em casos como esse é preciso agir como empresário. "É uma questão que precisa ser tratada com segurança. Por isso converso muito com o Martorelli sobre isso, porque não podemos fazer de qualquer jeito", explicou.
Entenda o caso - Para treinar em Paratibe, os rubro-negros contam com uma estrutura construída através de investimentos do próprio clube, mas o terreno onde estão os cinco campos e os alojamentos pertence a uma associação de 12 pessoas físicas que compraram o terreno. O Leão tem um contrato de aluguel por 90 anos, renovável por outros 90. Agora, a diretoria quer que o Sport seja responsável por todo o centro de treinamento e corre para adquirir as assinaturas dos atuais donos. Ainda assim, há resistências.
“Quando fomos coletar as assinaturas para autorizar a transferência, houve resistência de algumas pessoas que parecem temerosas com isso. Estamos com o jurista Silvio Neves Baptista, que está analisando a forma mais segura. É um compromisso da nossa gestão. Não tem um prazo estipulado, mas queremos o quanto antes”, disse o vice-presidente de futebol Arnaldo Barros.
Ex-presidente do Leão da Ilha, Homero Lacerda classificou a transferência como uma ação criminosa. “É uma situação inadmissível. O terreno foi comprado com o dinheiro do clube e colocaram em nome de pessoas físicas. Agora, além de ter comprado o terreno, o clube precisa pagar aluguel para poder utilizá-lo. É um absurdo”, disse o ex-dirigente.
