Foto: Guga Matos/JC Imagem
Não foram apenas os problemas técnicos de alguns jogadores e a postura recuada demais que ficaram evidentes na derrota do Sport para o Figueirense por 3x0 no domingo (3), pela Série A do Brasileirão. O resultado corroborou outro problema que os rubro-negros já mostram desde o início do ano, quando o técnico era Geninho e o atual, Eduardo Baptista não conseguiu mudar, apesar da reviravolta que culminou com os títulos pernambucano e da Copa do Nordeste: quando sai perdendo, o time não tem forças para virar um jogo.
A escrita começou logo no primeiro jogo do ano. O Leão abriu a campanha na Copa do Nordeste diante do Botafogo-PB, em João Pessoa. Frontini abriu o placar para os paraibanos e Felipe Azevedo conseguiu o empate ainda no primeiro tempo. Mesmo com o adversário inferiorizado em um jogador - o próprio Frontini foi expulso - o time criou oportunidades mas não conseguiu os três pontos.
No primeiro clássico com o Náutico, ainda pela primeira fase do Nordestão, Zé Mário abriu o placar para o timbu ainda no primeiro tempo. Desta vez o time sequer conseguiu empatar e viu cair uma invencibilidade de quase dez anos sem perder para o tradicional rival na Ilha do Retiro. A derrota seguinte foi para o Guarany-CE, que quase custou a eliminação da competição regional ainda na primeira fase. Neste jogo, entretanto, há a desculpa de que o gol adversário saiu nos acréscimos do segundo tempo, praticamente sem tempo para reagir.
No mata-mata nordestino, os futuros campeões fizeram 2x0 no CSA no primeiro jogo e deram-se ao luxo de não reagir como deveria no jogo da volta, perdido por 1x0. Um novo insucesso só viria pelo Pernambucano, diante do Náutico, na Arena Pernambuco. Ao menos desta vez, o time tentou. Levou um gol de Pedro Carmona, empatou com Ewerton Páscoa e reclamou bastante de dois pênaltis não marcados. Carmona terminou garantindo a vitória timbu por 2x1.
Contra o Salgueiro, no Cornélio de Barros, O time misto do Sport viu o Carcará abrir 2x0. A reação veio tarde, com um gol de falta de Neto Baiano, que, inclusive, saiu de campo criticando os companheiros pela tímida reação. A façanha de impedir uma derrota depois de largar atrás no marcador só viria no dia 26 de março, contra o Santa Cruz. Leo Gamalho abriu o placar no primeiro tempo e Páscoa decretou o empate no segundo.
Depois disso, o Sport ainda perderia novamente para o Náutico na Ilha por 1x0, pela última rodada da fase de classificação. Novamente tentou mas parou nas mãos do goleiro Alessandro. Na semifinal, foi atropelado pelo Santa Cruz no primeiro jogo por 3x0, em mais uma situação que não teve forças para reagir.
COPA DO BRASIL E BRASILEIRÃO - A participação na Copa do Brasil não impediu de mais uma demonstração do fraco poder de reação rubro-negro. No primeiro jogo pela segunda fase contra o Paysandu, em Belém, o Sport chegou a empatar em 1x1 mas não conseguiu segurar o resultado. Na Série A, a boa campanha conseguiu encombrir a falta de força para dar a volta por cima.
O time chegou mais perto disso contra o Internacional, no Beira-Rio. Depois de levar 2x0 no primeiro tempo, o time voltou mais disposto na etapa final e conseguiu diminuir com Patric, mas ainda isuficiente para ao menos empatar. Contra o Cruzeiro, um bom primeiro tempo, quando poderia até ter aberto o marcador. Mas o líder do Brasileiro fez valer sua categoria e venceu por 2x0. Já diante de Corinthians e Figueirense, muitos erros e duas derrotas por três gols de diferença - 4x1 para os paulistas e 3x0 para os catarinenses - sem nenhum esboço de reação.
