Uma entrevista do atacante do Barcelona e da seleção Brasileira, Neymar,acabou chamando a atenção de muita gente no país.
O jogador confessou que não entende muito de tática.
Justamente o melhor atleta do futebol brasileiro afirmando isso?!
O espanto foi grande, mas não deveria.
Isso é uma realidade no país do futebol. Se o maior craque do presente não entende muito de tática, imagina o restante.
Ele foi apenas sincero.Isso é uma grande verdade para a maioria dos atletas brasileiros.
Na coluna da semana passada nós falamos sobre a falta de investimento na comissão técnica das divisões de base. Sem uma estrutura ideal e com baixos salários, como investir em cursos e tecnologias? como poder instruir,orientar e formar da melhor maneira?! O déficit técnico, físico e tático quando esses jogadores chegam a equipe profissional é grande. E no time principal, há pouco tempo para tentar corrigir isso.
Além da má formação, uma outra questão bem importante. É preciso repensar A metodologia de trabalho dos técnicos. Os jogadores brasileiros são orientados de uma maneira equivocada. Eles não são guiados, apenas recebem "ordens" dos comandantes. Eles não são levados a entender o jogo, apenas repetir ações e executar o que o treinador pede.
É preciso mudar isso e fazer com o que o jogador entenda cada ação, compreenda o modelo de jogo, os momentos de um jogo, os novos conceitos e as possibilidades táticas numa partida.
É necessário guiar o jogador a ser um entendedor. Não apenas um simples repetidor.
Para isso, a capacidade dos "formadores" (base e profissional) precisa melhorar bastante.
(Diego Pérez)
*coluna publicada no Jornal do Commercio