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Dunga implantou regime quase militar na passagem anterior

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 22/07/2014 às 12:02

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Por Wladmir Paulino, do Portal NE10

A carreira de Dunga como técnico de futebol é tão efêmera quanto polêmica e até certo ponto, vencedora. Foram apenas duas equipes, a Seleção Brasileira e o Internacional, com três títulos. A história do ex-volante começou no dia 24 de julho de 2006, pouco depois que uma das melhores gerações da história do futebol nacional foi eliminada por causa de uma preparação muito mais midiática do que futebolística. Agora, a missão de Carlos Caetano Bledorn Verri, gaúcho de 51 anos, é resgatar a qualidade do jogo canarinho, perdido no meio do caminho entre a final da Copa 2002 e o fatídico 8 de julho de 2014, quando o Brasil foi destruído pela Alemanha na semifinal.

>> Leia mais: Agora é oficial: Dunga é o novo técnico da Seleção Brasileira

Em 2006 a presença do capitão do tetra era mais um símbolo do que uma aposta em mudança. A bagunça generalizada na preparação para a competição na África do Sul rendeu críticas a um time mais preocupado com as lentes das câmeras do que com a bola. Dunga era a cara da raça e da volta por cima. O estilo adotado pela seleção beirava o belicismo: marcação forte e velocidade nos contra-ataques.

Depois de um início vacilante, o técnico novato acertou a mão. Recuperou Kaká, transformou Robinho em artilheiro, descobriu em Elano o ponto de equilíbrio e passou a triturar adversários tradicionais. O Uruguai caiu por 4x0 em pleno Estádio Centenário, a Argentina foi surrada três vezes com direito a 3x0 na final da Copa América de 2007 e 3x1 em Rosário, cidade natal de Messi. Num amistoso, Portugal foi goleado por 6x2.

A campanha nas Eliminatórias para a África do Sul terminou com o primeiro lugar com 34 pontos. O título da Copa América credenciou para mais uma Copa das Confederações. O torneio, que funciona como uma prévia para a Copa, também ficou com o time de Dunga numa heroica virada sobre os Estados Unidos (3x2), na decisão.

No entanto, ao mesmo tempo em que venceu jogos, Dunga aumentou sua cota de desafetos, todos na imprensa. Rabugento - quando não grosseiro - nas entrevistas, principalmente quando a pergunta o desagradava, o técnico chegava causar um efeito intimidante em alguns jornalistas. No ano da Copa, a implicância - de parte a parte - teve como pano de fundo o atacante Neymar e o meia Paulo Henrique Ganso. A dupla encantava a torcida do Santos e o resto do País com habilidade e jogadas de efeito, sem deixar de lado a eficiência. O clamor popular era intenso para vê-los com a camisa amarela e Dunga negou a oportunidade, achando a dupla imatura para encarar uma competição tão difícil.

Ao invés de Neymar e Ganso, ele levou Nilmar, Grafite, Júlio Baptista e Kleberson. Atletas fundamentais um ano antes passavam por problemas físicos e técnicos, como o goleiro Julio Cesar, o volante Felipe Melo, o meia Kaká e o atacante Luís Fabiano. Mesmo assim, o time fez uma primeira fase sem sobressaltos no grupo com Coreia do Norte, Costa do Marfim e Portugal. Na coletiva após o jogo com os marfinenses, a revolta e mania de perseguição do técnico com a imprensa chegou ao ápice ao xingar o jornalista Alex Escobar, na época do canal SporTV. Mesmo em voz baixa, as ofensas foram captadas pelos microfones da Fifa.

Mesmo assim, o Brasil ficou em primeiro no grupo e passou fácil pelo Chile nas oitavas até encarar a Holanda nas quartas. O gol de empate desmantelou o time. Os jogadores perderam a cabeça e permitiram a virada. Apesar do sistema tático bem definido e eficiente, a seleção não mostrou equilíbrio emocional para trabalhar com um resultado adverso. No dia 4 de julho de 2010 a CBF confirmou a demissão do técnico. Além da Copa, o outro revés foi na Olimpíada de 2008 na China. O Brasil perdeu para a Argentina na semifinal e ficou com a medalha de bronze.

INTER - Depois de um longo hiato, Dunga voltaria ao futebool no clube que o projetou. Ele foi anunciado como técnico do Internacional no dia 12 de dezembro de 2012. Na apresentação ele prometeu um time competitivo e repetiu sua palavra preferida quando estava à frente da Seleção Brasileira: comprometimento. Conquistou o Campeonato Gaúcho de 2012 e foi demitido em outubro, após perder para o Vasco por 3x1. Desde então, ficou sem clube e pouco antes do convite para retornar à CBF recebeu proposta para comandar a seleção da Venezuela.

Ficha do técnico

Nome completo: Carlos Caetano Bledorn Verri.

Data e local de nascimento: 31 de outubro de 1962 (51 anos).

Times que treinou: Seleção Brasileira (agosto de 2006 a julho de 2010) e Internacional (dezembro de 2012 a outubro de 2013).

Títulos como treinador: Copa América (2007) e Copa das Confederações (2009) pela Seleção. Campeonato Gaúcho (2013) pelo Internacional.

Campanha na Seleção Brasileira:

Jogos: 60

Vitórias: 42

Empates: 12

Derrotas: 6

Aproveitamento: 76,6%

Campanha no Internacional

Jogos: 53

Vitórias: 26

Empates: 18

Derrotas:

Aproveitamento: 60,3%

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