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Como superar a Alemanha?

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 06/07/2014 às 10:21

Foto: AFP Foto: AFP

A grande pergunta de praticamente todo brasileiro, pelo menos os que acompanham a Copa do Mundo, é como parar os nossos próximos adversários, a Alemanha? Os germânicos são apontados como uma das melhores equipes da competição, com talvez o melhor elenco de todo o Mundial. A tarefa brasileira não é fácil, ainda mais sem Neymar, fora da Copa por conta de fratura na vértebra, mas não é impossível. Existem sim motivos para crer que é possível bater os alemães nas semifinais da próxima terça-feira (8), no Mineirão, em Belo Horizonte.

O primeiro argumento para crer que na vitória brasileira é que a Alemanha até agora não mostrou um futebol tão diferente do nosso nesta Copa. Chegou às semifinais, mas se enrolou com alguns adversários como Gana na primeira fase e Argélia nas oitavas de final. Muito disso deve-se ao treinador Joachim Löw, que parece não estar gerindo tão bem a quantidade de peças de qualidade que possui à disposição. É contestado por escalar o capitão Lahm de volante, e não como lateral, e por deslocar o meia Özil para a direita, deixando-o longe da criação pelo meio. Assim como o Brasil, os alemães parecem uma equipe confusa como coletivo, com o agravante de que possuem melhores peças do que nós.

Um detalhe a ser observado neles será o toque de bola. A Alemanha é a equipe que mais toca a bola nesta Copa. São mais de 3500 passes segundo dados da Fifa - o Brasil deu pouco menos de 2500 só como comparação. Os comandados de Felipão precisam evitar que a Nationalelf fique tanto tempo com a bola nos pés, ainda mais se for próximo a nossa área. Para isso, tem que manter o nível de pegada do Mundial. A Seleção Brasileira é o time que mais desarma certo na competição de acordo com o Footstats, ou seja, o time canarinho já tem pronta a resposta para o toque de bola alemão.

Mas se ainda assim a Alemanha conseguir ficar tocando a bola há como neutralizá-los. Dos quatro semifinalistas, os alemães são a equipe que mais tenta penetrar na área, sem muitos chutes de longe. Logo, se for para deixá-los com a bola, que seja do meio de campo para trás, onde oferecem menos perigo. Das 52 finalizações a gol nesta Copa, apenas 18 vieram de fora da área por parte de Müller e companhia. Para se ter uma ideia, o Brasil tem 24 arremates de longa distância.

Outro motivo para afastá-los da nossa área são as jogadas individuais. O nosso adversário é o segundo time que mais tenta esse tipo de lance. Jogadores como Müller, Götze e Özil com certeza irão esperar o mínimo espaço para tentar o drible. Nossa zaga terá que ficar esperta neste aspecto.

Porém, de nada vai adiantar neutralizar as principais jogadas alemãs se não fizermos um gol ao menos. Para isso, o Brasil precisa calibrar um pouco mais o pé. É o quarto time que mais chuta a gol, mas com um aproveitamento baixo. Das 82 finalizações, 54 foram certas.  Só para comparar, a Alemanha tem 52 chutes corretos em 74 arremates. Ou seja, precisamos 'colocar o pé na forma' como dizem os peladeiros.

Mas para a estratégia brasileira realmente dar certo não basta somente analisar o adversário completamente. Precisamos ainda do fator casa. A torcida verde e amarela precisa estar ligada do primeiro ao último minuto de jogo, sem descanso. O Mineirão tem que ser o caldeirão que o Brasil necessita nesta Copa. Afinal, se existe uma vantagem de jogar em casa, é ter a maioria da torcida.

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