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Pernambuco dá exemplo de como não gerir uma crise no futebol em pleno ano de Copa do Mundo

Thiago Wagner
Thiago Wagner
Publicado em 05/05/2014 às 13:37

Foto: Guga Matos/JC Imagem Foto: Guga Matos/JC Imagem

Por Thiago Wagner

O caso da morte do torcedor Paulo Ricardo Gomes da Silva, 26 anos, assassinado após ser atingido por uma privada no jogo do Santa Cruz contra o Paraná, na última sexta-feira, no Arruda, só demonstra o quanto Pernambuco, e o Brasil como um todo, não está preparado para gerir uma crise no seu futebol no ano em que vai sediar uma Copa do Mundo. Ao invés de ficarem jogando a culpa do ocorrido de um lado para o outro, as instituições envolvidas - clubes, Polícia Militar e autoridades - deveriam pensar em formas de se unir para buscar soluções para os problemas, com a punição devida para os autores desses atos brutais. É o tipo de situação em que todas as organizações envolvidas possuem responsabilidade.

Enquanto nossas autoridades, e clubes, ficam nesse jogo de empurra-empurra, perdemos tempo para encontrar, e punir, os verdadeiros culpados. No caso da morte de Paulo, já são quase 72 horas e não temos os suspeitos de cometer o homicídio.

Infelizmente esse tipo de atitude de todos os envolvidos com o nosso futebol não é novidade. Justamente por não se unirem para chamar a responsabilidade no combate à violência nos estádios, que os crimes nas nossas praças viraram rotina. Ao que parece, ninguém quer reconhecer que falhamos até o momento neste tipo de luta. É o momento de admitir isso e procurar agir para conseguir vencer esse mal.

Pelo andar dos fatos, a Copa do Mundo, que deveria motivar nossas autoridades a mudar um pouco o nosso futebol, vai passar e não vai trazer nenhuma alteração nem em Pernambuco nem no resto do Brasil, onde tal inércia e fuga de responsabilidade também é presente. Só tenho medo de que o real culpado pelo assassinato de Paulo nunca seja encontrado e que esse crime fique impune como tantos outros que temos no nosso futebol.

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