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Sport vence o Brasília por 3x1 e garante classificação antecipada na Copa do Brasil

Karoline Albuquerque
Karoline Albuquerque
Publicado em 01/05/2014 às 23:45

O Sport deu sopa para o azar no fim do jogo mas a superioridade técnica dos campeões do Nordeste derrubou os campeões da Copa Verde na noite desta quinta-feira (1), no Estádio Mané Garrincha, em Brasilia. Com o placar de 3x1 em cima do Brasília, os leoninos garantiram a classificação para a segunda fase da Copa do Brasil sem a necessidade do jogo da volta. Leonardo, Augusto e Ananias marcaram os gols pernambucanos. O próximo adversário será o Paysandu, com primeiro jogo previsto para 15 de maio, em Belém. Se houver necessidade de um segundo confronto, ele só acontece depois da Copa do Mundo: 24 de julho.

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De falta de disposição ninguém pôde reclamar. Tanto Brasília quanto Sport entraram em campo dispostos a fazer gols e não cozinhar o jogo como se poderia imaginar. Mas os pés muito fundo no acelerador precipitaram tanto rubro-negros quanto colorados. E as boas chances de gol até os dez minutos surgiram em erros. Aos cinco, Rithely aproveitou o rebote de um escanteio e tocou para Leonardo. A defesa do Brasília ficou apenas olhando o camisa nove soltar uma bomba que explodiu no travessão e saiu. O erro da defesa brasiliense até que não foi tão grosseiro, mas sim o do assistente, que deu permissão para um jogador em impedimento finalizar.

Como foi tiro de meta, o Brasília saiu jogando. Mas Márcio Santos dominou a bola com a canela e Augusto, que estava ligado, tomou-lhe a bola. Avançou sozinho para a grande área e tentou encobrir o goleiro Artur. Conseguiu, mas não poderia ter encoberto também a barra. Novo tiro de meta. O time pernambucano também não ficou impune. Aos dez, Ewerton Páscoa, agora zagueiro, preferiu jogar como volante, provavelmente pelo hábito da nova função. Tentou sair jogando ao lado da área e perdeu para Vítor Hugo. Ele cruzou para Claudecir entrar de peixinho e mandar rapsando a trave direita de Magrão.

Para um time que mal treinou, o Sport não fazia feio, principalmente pela atuação de Augusto, Renan Oliveira e Leonardo. O primeiro mostrou que além da função principal de marcar, tem força e capacidade para sair jogando. Renan, finalmente desperto do sono que o acometeu nos dois primeiros jogos do Brasileirão, deu mais opção para os volantes. E Leonardo mexeu-se bem, procurando confundir a marcação.

Leonardo teria outra chance ao receber de Augusto na meia-lua. Mas estava perto demais da bola e o chute saiu sem força, claro que sem tirar o mérito de Artur, que foi bem na bola. Na terceira chance que teve, Leonardo não poderia mais reclamar. Depois de um escanteio cobrado pela direita do ataque pernambucano a bola espirrou para a lateral oposta. Ninguém deu muita importância. Só Renan Oliveira, que chegou, sozinho e ajeitou a bola quantas vezes quis antes de cruzar.

O que vem a seguir é uma daquelas cenas bizarras que só o futebol é capaz de nos oferecer. O cruzamento de Renan foi cheio de estilo, com a bola descrevendo uma parábola e tal, mas na cabeça de André Nunes, que é zagueiro do Brasília. Sabe-se lá o motivo, mas André poderia fazer tudo, menos levantar o braço direito e tentar uma cortada, como bem fazem Giba, Murilo, Sheilla e Jaqueline, todos eles, e elas, jogadores de... vôlei. O camisa nove rubro-negro não tinha nada com isso e chutou forte, no canto alto direito.

Apenas cinco minutos de intervalo para o segundo gol. Desta vez em jogada bem trabalhada. Augusto repetiu a infiltração dos seis minutos, só que agora pelo lado direito. Recebeu de Felipe Azevedo e chutou forte, lá em cima, sem tempo suficiente para o goleiro chegar. Ewerton Páscoa deu um susto em Magrão aos 44. Clécio cruzou da direita e o cabeludo tentou cortar para escanteio. Magrão já se projetava para interceptar o passe mas teve tempo e reflexo suficiente para voltar e espalmar.

Se queria jogar na Ilha do Retiro, o Brasília não tinha outra alternativa a não ser partir para cima. E assim se fez com a contribuição do recuo do Sport, materializado nos dois volantes. Mas a pressão foi mais territorial do que bombardeio. Quando chutou, faltou, literalmente, força aos de vermelho.

O Sport quando foi, fez Artur trabalhar bem mais duro. Aos oito, Leonardo cruzou rasteiro e Felipe Azevedo desviou para o camisa 1 espalmar. Na cobrança de escanteio, a bola passou por todo mundo e encontrou Wendel perto do bico de grande área. Ele chutou de primeira e o onipresente Artur estava lá novamente.

O sofrido goleiro do Brasília não era infalível e provou isso aos 14. Ananias, que entrara há quatro minutos, foi lançado por Leonardo no contra-ataque. Avançou até a grande árae e chutou cruzado no canto direito. Os 3x0 davam ao Sport o direito de levar pelo menos um gol. Por isso não havia mais necessidade de marcar pressão e correria.

Os leoninos limitavam-se a esperar em seu campo para puxar os contra-ataques. E eles vieram. Só não vieram gols porque Leonardo errou a pontaria na primeira tentativa e demorou demais a chutar na segunda. Já era hora de mexer novamente. O técnico Eduardo Baptista tirou Rithely, que saiu de campo mancando, para colocar o prata da casa Ronaldo. Na lateral direita, Igor Fernandes, que é lateral-esquerdo de origem, deu lugar a Bileu, que nasceu volante mas também atua pelo lado do campo.

As mudanças desfiguraram o time, principalmente a saída de Rithely. O Sport perdeu posse de bola e passou a levar o jogo em banho-maria, esperando o fim de um jogo que parecia definido. Dentro de suas limitações, o Brasília fazia o que podia. E podia cada vez mais. O Leão apenas esperava suas chances de jogar. E elas apareciam cada vez menos. Assim, Alequito, que já chutara fraco nas mãos de Magrão e não conseguira sequer desviar a trajetória da bola numa cabeçada, resolveu mudar o setor. Caiu pela esquerda e, aos 34 minutos arrancou para a linha de fundo. Kaká, o lateral, entrou pelo meio como atacante e bateu firme, rasteiro, no canto esquerdo.

O gol acendeu o rastilho de pólvora para o Brasília salvar a degola precoce. E o Sport, antes tão seguro de si, amontoou-se no seu campo de defesa. E o jogo terminaria na base do ataque de qualquer jeito e defesa aos trancos e barrancos. Nesse meio-tempo, Brian acertou uma bomba no travessão aos 39. Renan Oliveira retrucou aos 40, tirando tinta da trave oposta.

Ficha do jogo:

Brasília: Artur; Fernando, André Nunes, Márcio Santos e Kaká; Pedro Ayub, Mateuzinho, Clécio e Vítor Hugo; Alequito e Claudecir. Técnico: Luiz Carlos Carioca.

Sport: Magrão; Igor Fernandes (Bileu), Oswaldo, Ewerton Páscoa e Danilo; Augusto, Rithely (Ronaldo) e Renan Oliveira; Wendel (Ananias), Leonardo e Felipe Azevedo. Técnico: Eduardo Baptista.

Local: Mané Garrincha, em Brasília (DF). Árbitro: Jânio Pires Gonçalves (TO). Assistentes: Adailton Menezes e Edson Antonio de Souza (GO). Gols: Leonardo, aos 34; Augusto, aos 39 do primeiro tempo. Ananias, aos 14;  e Kaká, aos 34 do segundo. Cartões amarelos: Mateuzinho, André Nunes, Bileu, Felipe Azevedo, Augusto e Igor Fernandes.

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