Lisca quer o Timbu vencendo em casa. Foto: JC Imagem
Assim como aconteceu diante do Sport, na Ilha do Retiro, o Náutico conseguiu arrancar elogios do torcedor e da imprensa após o empate diante do Santa Cruz, por 0x0, no estádio do Arruda. Nos dois duelos, os adversários eram apontados como favoritos. E o time do técnico Lisca apresentava um futebol competitivo, de marcação forte e velocidade nos contra-ataques.
Uma mudança grande e positiva de comportamento do time se comparado aos jogos na Arena Pernambuco e também nos confrontos diante de clubes intermediários do futebol pernambucano. Eis a situação: o Náutico conseguiu encontrar uma forma de jogar fora de casa que surpreende os adversários. Falta, no entanto, achar uma maneira de jogar como mandante do jogo.
Muitos falam que a Arena Pernambuco tem sido um campo neutro para o Náutico. Há até os supersticiosos afirmando que o moderno estádio dá "um azar danado ao Timbu". Não se trata nem de uma coisa, nem de outra. O problema é que, jogando na Arena, o Náutico tem a obrigação de ir para cima, tomar a iniciativa do jogo. E ao se departar com os adversários retrancados, não consegue se impor, se atrapalha e acaba sendo surpreendido.
Ou seja, é como se estivesse provando do próprio veneno.
O Náutico continua num processo de montagem da sua equipe. E o elenco que o técnico Lisca tem nas mãos ainda é limitado. O treinador tem feito um bom trabalho nesse sentido. O que pesa contra ele são os resultados. Mesmo jogando bem em algumas partidas, o time não vence. E isso causa um ambiente negativo, questionamentos e, consequentemente, uma pressão psicológica enorme sobre os atletas e o próprio treinador.
Contra o Porto, que não mostrou a menor resistência diante do Sport, em Caruaru, o Náutico tem a chance de construir uma grande vitória e ganhar confiança nos jogos em seus domínios.
