"Se for para me colocar em função da comunidade, pode escrever aí: sou viado", diz Jesuita Barbosa

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 15/08/2019 às 18:56
Jesuita Barbosa - Foto: reprodução do Instagram @jesuitabarbosa
Jesuita Barbosa - Foto: reprodução do Instagram @jesuitabarbosa

Jesuita Barbosa estampa a capa digital da Vogue junto com a atriz Carla Salle. Os dois assumem os papéis centrais na peça "Lazarus", escrita por David Bowie com o dramaturgo irlandês Enda Walsh, que ganha versão nos palcos brasileiros por Felipe Hirsch. Na entrevista ao site, Jesuita sublinha o que Bowie representa para ele - "algo de libertário para todos nós" - e diz o que compartilha com o astro falecido em 2016: o interesse pela androginia e fluidez de gênero.

"Experimentar o feminino como transgressão me ajudou a crescer como ser humano", disse o ator pernambucano, referindo-se à sua participação no coletivo cearense As Travestidas e à sua personagem na série "Onde Nascem os Fortes", Shakira do Sertão.

Estendendo seu pensamento para sexualidade, provavelmente pelo tanto que já foi inquirido sobre sua orientação sexual, Jesuita Barbosa fez uma consideração lúcida e para refletir: "Nunca falaria de sexualidade abertamente se não fosse como provocação ou para abrir possibilidades. Nossa tentativa de discutir essas questões está num lugar muito retrógrado ainda. Acho, por exemplo, a ideia de me colocar como viado ou hétero limitadora, são como duas caixas pré-definidas. Mas se for para me colocar em função da comunidade, pode escrever aí, por favor: sou viado".

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