DFB Festival (ex-Dragão Fashion) se muda para a Praia de Iracema, com megaestrutura e acesso livre

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 17/05/2019 às 12:05
Beach Club à beira-mar, com palco, passarela, lounge, bar e restaurantes; nesse espaço, os desfiles e as apresentações musicais são para o público geral - Foto: Davi Magalhães / DIvulgação
Beach Club à beira-mar, com palco, passarela, lounge, bar e restaurantes; nesse espaço, os desfiles e as apresentações musicais são para o público geral - Foto: Davi Magalhães / DIvulgação

Fortaleza - O DFB Festival completa 20 anos com cara nova: o evento - que começou como Dragão Fashion Brasil (daí, DFB) - saiu do Terminal Marítimo de Passageiros (para onde tinha se mudado em 2015, quando deixou o Dragão do Mar) e agora ocupa o Aterro da Praia de Iracema. Uma megaestrutura emergiu da areia - são 27 mil m², com salas de desfile, dois palcos, um lounge, áreas de gastronomia e economia criativa, entre outros espaços.

Entrada do DFB Festival 2019 - Foto: Davi Magalhães / Divulgação

Painel reconta momentos dos 20 anos do DFB - Foto: Davi Magalhães / Divulgação

É honesto dizer que o DFB Festival é um modelo; e modelos podem servir de inspiração. É que a mudança para a Praia de Iracema tornou o evento mais inclusivo, quando a gente vive num País que tende a praticar pequenas segregações, com espaços vip, exclusivos, público seleto, selecionado, diferenciado, blá-blá-blá. O acesso este ano é livre; logo, se alguém estiver pela praia ou passando pela avenida, pode entrar e ficar à vontade. Há, pelo menos, um desfile possível de ser visto, além de shows e uma feira com marcas de produtos autorais; só para os demais desfiles que a pessoa carece ter convite, devido à lotação das salas.

A receita do DFB para viver duas décadas e se renovar (sobretudo, quando virou festival, ao botar a moda para dialogar com outros assuntos e expressões) parece estar na criatividade e numa boa relação com as iniciativas pública e privada, pois é financiado pelo Governo do Estado e pela Prefeitura de Fortaleza, bem como por instituições empresariais, como a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e o Sistema Fecomércio, através do Senac. Assim, fica claro que, aqui, há o entendimento - entre governantes e empresários - de que a moda é importante para a economia. E também fica claro que o festival, capitaneado por Cláudio Silveira, entende que a moda é mais do que a roupa somente, é mais do que fashionismo e glamour, mas é, também, cultura e economia.

"Isso aqui é a possibilidade de uma sociedade dar certo. Você tem o poder público, tem entidades que ficam entre o poder público e o privado - que são o Sistema Fecomércio e a Fiec -, além de empreendedores, jovens talentosos e empresas, como a que montou esse lugar [a megaestrutura]. Isso aqui pode dar certo porque é baseado nas pessoas; em investimentos que a gente pode fazer nas pessoas", disse Élcio Batista, chefe de Gabinete do governador do Ceará, Camilo Santana, que, inclusive, ressaltou o fato de que o evento gera uma grande quantidade de empregos.

O 20º DFB Festival começou na quarta-feira (15) e segue até este sábado (18).

Confira mais sobre o evento nos Highlights do @blogsocial1 no Instagram.

*Repórter viajou a convite do DFB Festival

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