O cantor, compositor e instrumentista baiano Mateus Aleluia, 74 anos, é atração do Mourisco, no Sítio Histórico de Olinda, dia 20 de dezembro, às 21h. O artista vem ao Estado com o show Fogueira Doce, do seu álbum homônimo, lançado em 2017. Fogueira Doce é o 2º trabalho solo de Mateus Aleluia, depois de Cinco Sentidos (2010), e traz parceria dele com Carlinhos Brown - a música Convênio no Orum. Aliás, Aleluia e Brown são os compositores do sucesso de Daniela Mercury Maimbê Dandá.
Fogueira Doce
O disco é inspirado no tempo em que Mateus Aleluia viveu em Luanda, cidade que visitou em 1983, a convite de Martinho da Vila, em um programa de solidariedade às nações africanas que haviam conquistado a independência. Lá ele ficou, conheceu a mulher, Rosa - para quem a música-título é dedicada -, e desenvolveu pesquisa cultural para o governo angolano, voltando ao Brasil, em definitivo, só em 2002.
"Fogueira Doce veio de uma visão que eu tive ao nascer do sol em Luanda. Era madrugada, um tempo frio, e quando eu vi aquele sol chegando naquela manhã, parecia um ovo surgindo de uma casca dura. No final do dia, o fenômeno contrário: a gema voltando para sua casca. Isso me marcou muito, o disco é o resumo dessas sensações que tive por ali", já disse ele, em entrevista ao site Metrópoles.
As letras e a musicalidade passeiam pela cultura afro-brasileira e pelo candomblé; e também falam de filosofia e amor. São composições afro-barrocas, conceito defendido por Mateus Aleluia desde o grupo baiano Os Tincoãs, na década de 1970.
Para ouvir:
https://open.spotify.com/album/2ZTVIAzIjX14uA57vvWvER
Carreira
Nos anos 1960 e 70, Mateus Aleluia integrou o cultuado grupo baiano Os Tincoãs, conhecido pelo som afro-barroco com influências de sambas de roda, dos pontos do candomblé e também da música sacra católica.
Ingressos
As entradas estão à venda pelo site da Sympla e custam R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia), sendo R$ 20 o antecipado.
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