Barack e Michelle Obama fecham acordo com Netflix

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 22/05/2018 às 8:42
Barack e Michelle Obama assinam contrato com a Netflix (Imagens: Reprodução)
Barack e Michelle Obama assinam contrato com a Netflix (Imagens: Reprodução)

O ex-presidente dos EUA Barack Obama e sua esposa, Michelle Obama, fecharam um longo acordo com a Netflix para produção de diversos tipos de conteúdo. A informação foi divulgada pela própria plataforma de streaming em um comunicado publicado nessa segunda-feira (21).

LEIA TAMBÉM: Casamento Real: Fotos oficiais são divulgadas

O comunicado adianta que o casal Obama deve produzir conteúdos para séries, documentários, séries documentais e outros produtos. Seus projetos estarão disponíveis para as 125 milhões de membros do Netflix. O ex-presidente dos EUA e a ex-primeira dama vão trabalhar com a Higher Ground Productions.

Resultado de imagem para michelle e barack obama Barack e Michelle Obama (Imagem: Reprodução)

"Uma das simples alegrias do nosso tempo no serviço público foi conhecer muitas pessoas fascinantes pelas caminhadas da vida. Para ajudá-las, vamos compartilhar suas experiências com uma audiência maior. Isso é o porquê de Michelle e eu estarmos tão excitados com essa parceria com a Netflix - nós esperamos cultivar e fazer uma curadoria das talentosas, inspirantes e criativas vozes que podem promover a empatia e o entendimento entre pessoas e ajudá-las a compartilhar suas histórias com o mundo inteiro", disse Obama no comunicado.

Michelle Obama também falou sobre o novo trabalho: "Barack e eu sempre acreditamos no poder do storytelling para nos inspirarmos, para nos fazer pensar diferente sobre o mundo ao nosso redor e nos ajudar a abrir nossas mentes e corações para os outros".

Obama como presidente

Barack Obama assumiu o governo da maior potência do mundo no dia 20 de janeiro de 2009. Subiu ao poder com o slogan "Yes, We Can" e representava, até então, o diálogo. O democrata falava de paz, fechamento de Guantánamo e retirada total das tropas estadunidenses do Iraque e Afeganistão e se tornou o primeiro presidente negro dos EUA.

Seu governo não cumpriu as expectativas e se demonstrou frágil ao tentar fazer as medidas prometidas durante a campanha. Em alguns momentos, utilizou ordens executivas para evitar um desgaste no Congresso. Mesmo assim, com um discurso articulado e conciliador aliado ao seu carisma pessoal e de sua família, deixou o governo com mais de 50% de aprovação. O problema foi que seu carisma não se transformou em apoio político e governou enfrentando uma ferrenha oposição.

Apesar de prestigiado, Obama terminou um governo controverso. Defendeu a causa LGBT e enfrentou antigos tabus, como Cuba e Irã. Mas o ganhador do Nobel da Paz fechou seu mandato como único presidente a manter os EUA em conflitos durante seus 8 anos no comando. Em 2016, foram 26,171 bombardeamentos feitos pelas forças militares estadunidenses. O número cresceu mais de 11% se comparado a 2015.

bombs-obama.png Mapa feito pelo "The Independent" para ilustrar locais que mais sofreram bombardeamentos feitos por forças estadunidenses

"Ele não foi um presidente pacifista. Pelo contrário, foi bastante atuante em atingir alvos considerados inimigos, mas mudou a estratégia em relação ao Bush, que usava forças armadas no terreno. Obama focou no envio de forças especiais e em bombardeios aéreos e com drones", disse Luis Fernando Ayerbe, professor do programa de pós-graduação em relações internacionais da Unesp ao G1.

Últimas notícias