Jô Soares participa do Programa do Porchat e fala sobre futuro

Victor Augusto
Victor Augusto
Publicado em 17/04/2018 às 10:23
Jô Soares entrevistado por Fábio Porchat (Imagem: Reprodução)
Jô Soares entrevistado por Fábio Porchat (Imagem: Reprodução)

Nesta quarta-feira (18), vai ao ar uma entrevista concedida por Jô Soares a Fábio Porchat, durante o Programa do Porchat. De acordo com informações do jornal O Estado de São Paulo, o nome do icônico apresentador foi anunciado de surpresa. A entrevista foi gravada nessa segunda (16). Nela, ele falou sobre sua trajetória, seu futuro e ainda lembrou de situações difíceis pelas quais passou na ditadura militar.

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16 anos com o "Programa do Jô"

Sem contrato com a Globo, Jô Soares falou sobre sua trajetória com o seu talk-show. Fábio Porchat relembrou a importância do ícone na sua própria ascensão: "Mandei um texto e o Jô me chamou para falar no palco. Aquilo mudou minha carreira".

"Não sinto falta de estar na TV. Se eu quisesse, eu teria continuado. Foram 15 mil entrevistas", revelou Jô Soares. Ele ainda contou que, durante seus 16 anos apresentando o programa, o único convidado que negou o convite para sentar ao seu lado para um bate-papo foi Silvio Santos. "Ele contava que teve um encontro com uma cigana, que afirmou que ele morreria se desse entrevista para alguém. É claro que é mentira", brincou Jô Soares.

O futuro de Jô Soares

Jô pretende se aventurar nos palcos do teatro. Ele vai estrear uma peça. intitulada A Noite de 16 de Janeiro (sua data de nascimento). Nela, o eterno apresentador vai interpretar um juiz e a platéia vai fazer o papel do júri. Dessa forma, cada sessão terá um final diferente e imprevisível. "O sujeito lembra esses especuladores, como o Odebrecht", adianta Jô Soares.

Ditadura Militar

Sobre o duro período enfrentado e, muitas vezes, combatido pela classe artística nacional, Jô Soares revelou que já foi obrigado a montar um esquema para barrar os censores. O apresentador falou sobre o episódio ocorrido no Teatro Oficina, São Paulo, onde resistiu contra os censores. "Ficamos na porta, com Plínio Marcos, mas a gente sabia que não ia segurar a censura".

Jô ainda lembra de um alerta que conseguiu dar a Gilberto Gil e Caetano Veloso, perseguidos pelo regime: "Tive acesso a uma lista e liguei para eles. Tempos depois, foram presos em Realengo. Quando ouvi a música Aquele Abraço, percebi a dimensão disso".

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