Pulitzer premia reportagens que denunciaram Harvey Weistein por assédio sexual

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 16/04/2018 às 17:40
Harvey Weistein FOTO:

O prêmio Pulitzer de Serviço Público, anunciado nesta segunda-feira (16), foi dividido entre o jornal "The New York Times" e a revista "New Yorker" pelas histórias envolvendo os abusos sexuais cometidos pelo produtor de cinema Harvey Weistein. A série de reportagens culminou na criação do movimento Me Too, que luta contra o assédio na indústria do cinema.Em artigos que foram publicados durante vários dias em outubro, os dois veículos reportaram as diversas acusações contra Weinstein por parte de várias mulheres em Hollywood. Os advogados do produtor dizem que ele nega ter tido contato sexual sem consentimento. A hashtag do movimento #MeToo viralizou e diversas pessoas compartilharam nas redes sociais suas histórias sobre abusos sofridos. O impacto dos relatos foi além do produtor e chegou a outros homens da indústria do cinema.

 

Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow são exemplos de atrizes que também disseram que foram assediadas pelo produtor Harvey Weinstein ao jornal "The New York Times". A lista inicial tinha as atrizes Ashley Judd e Rose McGowan. Os novos relatos, com atrizes ainda mais conhecidas, corroboram a denúncia. "Estamos em um ponto em que as mulheres precisam mandar um recado mais claro de que isso acabou. Esse jeito de tratar as mulheres termina agora", declarou Gwyneth Paltrow . Angelina Jolie disse que Harvey a assediou em um quarto de hotel durante o lançamento do filme "Playing By Heart", no final dos anos 1990. "Eu tive uma experiência ruim com Harvey Weinstein na minha juventude, e como resultado, escolhi nunca trabalhar com ele de novo e avisar a outras pessoas disso. Esse comportamento contra mulheres em qualquer área e em qualquer país é inaceitável".

O produtor havia pedido desculpas após as primeiras denúncias. "Eu admito que o jeito que me comportei com colegas no passado causou muita dor e peço sinceras desculpas por isso. Embora eu esteja tentando melhorar, eu sei que tenho um longo caminho a percorrer", disse Weinstein em uma declaração enviada à imprensa.

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