José Pinteiro se dedica 100% à música: assume o nome Jopin e lança single

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 30/03/2018 às 8:00
José Pinteiro, agora Jopin - Foto: Divulgação
José Pinteiro, agora Jopin - Foto: Divulgação

Desde o Carnaval que José Pinteiro é 100% dedicação à música. O jovem de 26 anos desvinculou-se do estaleiro do pai, no qual trabalhava há nove, para dar expediente exclusivamente no home studio que montou num dos quartos da sua casa. É onde compõe e produz. “Se não for por um caminho autoral, é muito difícil evoluir, você estagna. Eu 'tava' incomodado de não ter tempo pra tirar ideias do papel. Tenho de escrever – a maioria das músicas é composição minha – e para isso é preciso estar com a cabeça fresca. É uma arte!”, nos diz ele, autocrítico e ponderado: “Se eu não decidisse agora, não faria lá na frente e me arrependeria”.

Nesse lançar-se ao mar – agora não mais os barcos que produzia, mas a si mesmo –, nasceu Jopin, nome artístico com que deve se apresentar daqui pra frente. Sete músicas estão prontas e no gatilho: a primeira delas, Touch the Ground (feat. Maggie), logo chegará em todas as plataformas digitais. Por ora, vai seguir como artista independente, sem estar atrelado a nenhuma gravadora, e contar com o impulso do engajamento nas redes sociais e do boca a boca, infalível.

A agenda vai bem, obrigado: o DJ acordou na Sexta da Paixão em Fortaleza, onde tocou na madrugada, seguiu para Gravatá – e foi atração da festa Seu Antônio na Serra –, já no Sábado de Aleluia estava em Pipa. Viaja, geralmente, com mais cinco pessoas: empresário, produtor de palco, técnico de som, VJ e iluminador. O negócio é sério. “Não é só aquele momento no palco. Tem ensaio pra alinhar som com LED, passar show...”, conta ele, que sonha em tocar no Ultra Music Festival, em Miami, ou, um pouco mais modestamente, no Lollapalooza. Mas já pode dizer que botou som no Tomorrowland (em 2015, ao lado de Bruno V, com quem formou o Duoprop).

José Pinteiro, o pai, compreendeu a decisão do filho e tem apoiado - "Eu fiquei surpreso!" -, mesmo sendo o primeiro da família a enveredar por um caminho artístico. Crê que o feed back das pessoas em relação ao seu trabalho vinham preparando o pai. Já são cinco anos desde que começou a tocar; entre dois e três, profissionalmente. "Por que DJ?", a gente pergunta. Ele puxa pela memória e... recorda que sempre gostou de música, até que, aos 15, comprou um CDJ, aparelho tipo CD Player usado por DJs.

De casa para as festas, não acredita em receita pra fazer ferver. "Não tem fórmula, essa coisa de set pronto... Acho que DJ erra e sou adepto disso. Mas eu sempre procuro saber sobre o público, o lugar, e então faço uma playlist de músicas para aquela proposta. Durante o show, eu passeio pela minha biblioteca e vou selecionando os tracks que vão funcionar naquele momento. Tem de ser feito na hora, não tem como levar pronto." Assim fez onde tocou, de Manaus a Jurerê.

Ainda sobre o ofício, tem como referência o badalado DJ grego Steve Angello, que esteve no Recife durante (ele novamente) o Carnaval. "Ele toca o que ele gosta. Não fala muito, mas é verdadeiro. Vejo muita gente falando forçado, sem soar natural, e as pessoas notam isso. Ele passa sentimento, eu prefiro dar um sorriso para o público". Pois então, com música e sorriso, as pistas ganharam um aliado: “Meu principal objetivo é animar!”.

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