A atriz recifense Clarissa Pinheiro será Gilvânia, em Onde Nascem os Fortes, supersérie da Globo, que estreia dia 23 de abril. Gilvânia é a motorista do fazendeiro Pedro Gouveia (Alexandre Nero), um dos personagens centrais da trama, que leva assinatura do também recifense George Moura, junto com Sérgio Goldenberg. Pedro é casado com Rosinete (Debora Bloch) e pai de Hermano (Gabriel Leone) e Aurora (Lara Tremouroux). Gilvânia, também chamada de Gil, usa cabelo curto (uma novidade para Clarissa), é homossexual assumida e vive com uma arma na cintura. A atriz, inclusive, recebeu aula de tiro, mas a personagem não sai atirando... pelo contrário, faz o tipo engraçadinha.
Clarissa Pinheiro como Gil - Foto: Estevam Avellar / Globo
Ao site Observatório da Televisão, Clarissa contou que ganhou o papel do diretor de Onde Nascem os Fortes, José Luiz Villamarim, com quem ela trabalhou na série Justiça. "Foi um convite. Eu posso dizer que foi um dos primeiros convites que aconteceram na minha trajetória, porque a gente passa por muitos testes de elenco. A Gilvânia foi um presente que o Villamarim me deu. E vamos nessa! Vamos encarar essa Gilvânia com todo carinho do mundo".
Sobre o fato de a personagem ser homossexual, ela disse ao Adoro Cinema: "Pra mim, é uma honra poder fazer uma figura homossexual num cenário tão machista como o Sertão. É tão rico tocar nessa questão, então estamos trabalhando para fugir do estereótipo. Ela dirige carros grandes e usa elementos másculos, mas também tem seus truques femininos. Tem sensibilidade para perceber os dramas ao redor, ao mesmo tempo em que tenta olhar a vida de uma forma mais serena, sempre cheia de tiradas. A mulher pode tudo!".
Quanto a Gilvânia ser motorista, Clarissa Pinheiro fez as seguintes considerações ao Observatório da TV: "Eu fiquei muito feliz com o convite de fazer uma motorista, porque, modéstia à parte, eu adoro dirigir, e dirijo muito bem. Acho que não tem essa comparação de dirigir muito mais que homem. Existem pessoas que dirigem bem e dirigem mal, mas às vezes a mulher é colocada como se nunca soubesse dirigir. A Gilvânia vem para mostrar isso, e está sendo muito legal retratar essa força feminina.”
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