"O funk me ajudou a chegar aqui", afirma Anitta sobre críticas ao ritmo

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 16/06/2017 às 9:35
Foto: Divulgação/ Gshow
Foto: Divulgação/ Gshow

O Conversa com Bial dessa quinta-feira (15) foi prestigiado por Anitta. A cantora, que está visitando vários programas para divulgar o hit Paradinha, discutiu temas pertinentes com o apresentador, como a proibição do funk e a sua carreira. "Eu vim da favela e não é todo mundo que consegue, assim como eu… eu consegui estágio onde me davam um cartão para pegar ônibus. Lá, no Morro do Brinquedo (onde morava), eu tinha que pegar cinco conduções. Eu deixava de pegar uma delas para poupar um cartão e dar ao meu irmão para fazer faculdade. Ele conseguiu vaga no colégio público, mas a gente não tinha dinheiro para pagar a passagem dele", relembrou.

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"É muito fácil quando se acorda no seu prédio incrível"

Sobre a realidade das favelas no país, ela destacou: "Para você ter uma vida diferente dentro do que está naquele espaço, não tenho palavras para descrever, não tem oportunidade. É muito fácil quando se acorda no seu prédio incrível, vendo o mar, na sua escola particular, com seu motorista", disse.

"Um funkeiro, um MC hoje, que canta num baile de favela, gera emprego para ele, para o motorista, DJ, produtor, duas bailarinas (que geralmente têm) e para o empresário. São no mínimo sete pessoas trabalhando e ganhando dinheiro com o funk. O funk me ajudou a chegar aqui. Eu seria muito ingrata de fingir que hoje eu não estou vendo. Julgar e proibir não é a solução", continuou a cantora.

Preconceito

Apesar do sucesso nacional e internacional, Anitta contou ao apresentador que ainda sofre preconceito. "Aqui no Brasil, ainda existe muito preconceito comigo por conta do ritmo que eu canto, por ser muito nova, por rebolar, por fazer plástica e assumir", disse.

"Tenho uma cara de pau ótima também"

Questionada sobre como aprendeu espanhol para o hit Paradinha, a cantora explicou: "O inglês eu aprendi antes do espanhol. Mas tenho uma cara de pau ótima também. Eles não têm ideia que aprendi espanhol em umas cinco aulas".

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