Dragão Fashion 2017: Coleção feminista, lingerie masculina, crochê versátil e renda luxuosa na 1ª noite

ROMERO RAFAEL
ROMERO RAFAEL
Publicado em 25/05/2017 às 13:21
Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago/Divulgação
Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago/Divulgação

Fortaleza - O Dragão Fashion Brasil chegou aos 18 anos, nesta quarta (24), com edição no Terminal Marítimo da capital cearense. O evento, o principal de moda autoral do Brasil, realizou sete desfiles na primeira noite. A gente assistiu a cinco deles. Confira as nossas anotações e um pouco de cada coleção:

Babado Coletivo

A grife cearense entrou na passarela muito sintonizada ao que se passa fora dela. Com a coleção M.I.N.A., militou pela liberdade das mulheres, contra opressões e violências diversas. Justamente através da roupa, código usado com recorrência pelo machismo para classificar mulheres em x, y... Ao som de Elza Soares e MC Carol, apareceram no desfile peças com as inscrições "M.I.N.A", "RESPEITO" e "G.R.L.P.W.R." (girl power), bordadas e aplicadas como uma patente policial.

O primeiro look tinha uma pegada romântica, algo lady like até. O segundo remetia ao militarismo, mas um militarismo desconstruído, com identidade de gênero feminina. As peças que se seguiram eram investidas de cores, decotes, recortes e de uma lingerie sobressaindo. Saia para homem? Não. A marca, com conceito "jovem e democrático", pôs homens também de lingerie e com os lábios pintados de vermelho, cor que já rotulou muitas mulheres, e trabalhou o plástico, pondo o corpo à mostra. Algo à la "Meu corpo, minhas regras".

Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago/Divulgação - Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago/Divulgação
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Aládio Marques

A pegada contemporânea do estilista baiano valoriza a assimetria, as texturas e o despojado. Ele investiu no uso de torçais, para criar as suas texturas e fazer amarrações. A coleção se chama Explorer e é inspirada no nomadismo, por isso os looks práticos e confortáveis, feitos para andanças mundo afora.

Fotos: Roberta Braga, Cláudio Pedroso e Pedro Brago/Divulgação

Nas sandálias, sobretudo, os torçais funcionaram muito bem. Aberto, o calçado era fechado com o cordão e amarrado no tornozelo. Chamou atenção e virou peça-desejo.

Foto: Nicolas Gondim/Divulgação

O uso de torçal e afins também foi visto no último SPFW, por Vitorino Campos e a Osklen. É um recurso que funciona: deixa descontraída uma peça que poderia ficar pesada ou passar insossa.

Almerinda Maria

A experientíssima estilista cearense mostrou coleção com renascença e richelieu, técnicas por que já é conhecida. Chama-se Deusas do Luxo. A matéria-prima de Almerinda é, mesmo, luxuosa: há, ainda, rendas francesa e labirinto, organza de seda puro, linho e cambraia de linho. Trata-se de alta costura feita à mão. Veja a fila final:

- Repórter viajou a convite da organização do Dragão Fashion Brasil Festival 2017

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