Chalk art, a arte do giz, é tendência em decoração

Mirella Martins
Mirella Martins
Publicado em 25/04/2017 às 16:11
A arte fica bem autoral
Credito: Tarsio Alves/Divulgação
A arte fica bem autoral Credito: Tarsio Alves/Divulgação

Tendência na Europa e Estados Unidos há alguns anos, a chalk art assumiu um protagonismo na decoração de festas, residências e empresas. A técnica se baseia no uso do giz - aquele mesmo, das salas de aula de antigamente - para ilustrar paredes e painéis. Entre as vantagens estão o preço, a personalização (ninguém vai ter uma arte igual a sua!) e a possibilidade de dar cara nova a um espaço sem que seja preciso fazer uma reforma.

O ilustrador Paulo Buarque conta que ano passado a procura pelo chalk art deu um salto. Festas infantis começaram como o grande filão - Paulo é especialista em ilustração para história em quadrinhos e já fez a alegria dos pequenos com seus desenhos de Homem-Aranha, Super-Homem e até Mundo Bita nos aniversários. Para dar a cor exata do personagem, ele utiliza material importado, já que o giz encontrado nas papelarias tem paleta limitada. Casamentos e festas de 15 anos logo engrossaram os pedidos.

Ele faz o trabalho manualmente. Foto: DIvulgação Ele faz o trabalho manualmente. Foto: DIvulgação

Mais uma opção Mais uma opção

De alguns meses para cá, ter uma parede personalizada, única dentro de casa ou no trabalho virou objeto de desejo de muita gente. Segundo o ilustrador, para domicílios e empresas o mais comum é utilizar uma caneta especial que, à base de tinta branca, simula o giz, de forma que a pintura fique definitiva no local. Cada parede leva cerca de três horas para ficar pronta. Mas há quem queira usar o giz tradicional justamente para ter a chance de renovar o visual dos espaços, de tempos em tempos.

A Confraria da Barba foi a primeira a pedir a Paulo ilustrações com o giz legítimo. "Como nossa ideia é substituir as artes a cada seis meses, dando novos ares à casa, optamos pelo giz tradicional, que pode ser facilmente apagado", conta o proprietário Marcos Canuto. Oito horas foram necessárias para pintar cinco paredes. Em média, o metro quadrado sai a R$ 100.

Você pode escrever o que quiser Você pode escrever o que quiser

A arquiteta e beersommelière Julyana Alecrim usou a técnica em casa e na empresa. "Minha intenção é constantemente mexer no desenho das paredes pra mudar a configuração do espaço sem ter que fazer uma nova decoração ou reformar", diz Julyana. Para criar ambientes mais receptivos e agregadores, a parede preta tem sempre uma área sem ilustrações para que amigos e clientes se sintam convidados a pegar o giz e participar da construção do painel. No escritório do Mercado da Breja, empresa que administra ao lado do marido, a lousa ganha a contribuição de todos. Em casa, a arte recebe contornos ainda mais especiais: a pequena Valentina, 3 anos, diariamente cria suas obras no espaço.

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