Tendência na Europa e Estados Unidos há alguns anos, a chalk art assumiu um protagonismo na decoração de festas, residências e empresas. A técnica se baseia no uso do giz - aquele mesmo, das salas de aula de antigamente - para ilustrar paredes e painéis. Entre as vantagens estão o preço, a personalização (ninguém vai ter uma arte igual a sua!) e a possibilidade de dar cara nova a um espaço sem que seja preciso fazer uma reforma.
O ilustrador Paulo Buarque conta que ano passado a procura pelo chalk art deu um salto. Festas infantis começaram como o grande filão - Paulo é especialista em ilustração para história em quadrinhos e já fez a alegria dos pequenos com seus desenhos de Homem-Aranha, Super-Homem e até Mundo Bita nos aniversários. Para dar a cor exata do personagem, ele utiliza material importado, já que o giz encontrado nas papelarias tem paleta limitada. Casamentos e festas de 15 anos logo engrossaram os pedidos.
Ele faz o trabalho manualmente. Foto: DIvulgação
Mais uma opção
De alguns meses para cá, ter uma parede personalizada, única dentro de casa ou no trabalho virou objeto de desejo de muita gente. Segundo o ilustrador, para domicílios e empresas o mais comum é utilizar uma caneta especial que, à base de tinta branca, simula o giz, de forma que a pintura fique definitiva no local. Cada parede leva cerca de três horas para ficar pronta. Mas há quem queira usar o giz tradicional justamente para ter a chance de renovar o visual dos espaços, de tempos em tempos.
A Confraria da Barba foi a primeira a pedir a Paulo ilustrações com o giz legítimo. "Como nossa ideia é substituir as artes a cada seis meses, dando novos ares à casa, optamos pelo giz tradicional, que pode ser facilmente apagado", conta o proprietário Marcos Canuto. Oito horas foram necessárias para pintar cinco paredes. Em média, o metro quadrado sai a R$ 100.
Você pode escrever o que quiser
A arquiteta e beersommelière Julyana Alecrim usou a técnica em casa e na empresa. "Minha intenção é constantemente mexer no desenho das paredes pra mudar a configuração do espaço sem ter que fazer uma nova decoração ou reformar", diz Julyana. Para criar ambientes mais receptivos e agregadores, a parede preta tem sempre uma área sem ilustrações para que amigos e clientes se sintam convidados a pegar o giz e participar da construção do painel. No escritório do Mercado da Breja, empresa que administra ao lado do marido, a lousa ganha a contribuição de todos. Em casa, a arte recebe contornos ainda mais especiais: a pequena Valentina, 3 anos, diariamente cria suas obras no espaço.