Viúva de Domingos Montagner fala sobre a perda do marido: "Estamos aprendendo a viver essa configuração de família"

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 29/03/2017 às 16:50
Luciana Lima e Domingos Montagner / Foto: Reprodução
Luciana Lima e Domingos Montagner / Foto: Reprodução

Em entrevista à revista Marie Claire, Luciana lima, viúva de Domingos Montagner, contou como recebeu a notícia da morte do marido e afirmou que os filhos ajudam a superar a dor da perda, seis meses após o desaparecimento do ator, que morreu afogado no Rio São Francisco, em Sergipe, durante o intervalo das gravações da novela "Velho Chico", da Rede Globo. Mãe de Leo, de 13 anos, Antônio, de 10, e Dante, de 6, a produtora falou sobre o fatídico dia: "Não acompanhei as redes sociais, onde o desaparecimento era assunto desde as 14h. Quando deu umas 15h, o empresário dele me ligou, eu estava no galpão. Senti um tom preocupado em sua voz. Aí começou o processo. Liguei para a escola dos meus filhos, pedi que saíssem mais cedo para evitar que deparassem com o burburinho. O mais velho estava em casa", contou à revista.

Luciana disse que tentou evitar que as crianças ficassem sabendo a notícia por meio dos colegas ou pela internet: "Assim que cheguei, disse a ele o que estava acontecendo, e ele respondeu: 'Não vai acontecer nada, meu pai sabe nadar e não pode ir contra a correnteza. Vai se deixar levar, alguém vai encontrá-lo'. Concordei e pedi para não entrar em redes sociais. Perto das 18h, chegaram os pequenininhos – muitos amigos nossos já estavam ali conosco. Expliquei o que acontecia. O do meio começou a chorar, depois o menor. Mônica Albuquerque, diretora de produção da Globo, ligu pouco depois e disse: 'Lu'. Nesse 'Lu', eu senti. 'Você não tem uma boa notícia para mim?', perguntei. Ela disse que não", relembrou.

Família Montagner / Foto: Reprodução Família Montagner / Foto: Reprodução

Superação

A viúva de Domingos Montagner também explicou a readaptação após a perda e disse que conta com ajuda dos filhos. "É um exercício. Estamos ressignificando os lugares que frequentávamos com ele, alimentamos memórias. Mas as crianças assimilam a perda de outra maneira: o agora é mais importante do que o amanhã", comentou Luciana. "Diariamente. É o imediatismo deles que me sustenta. Estamos aprendendo a viver nessa configuração de família".

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