Quando decidiu abrir o seu Café do Brejo, em Santo Amaro, área Central do Recife, o barista Gabriel Althoff já estava completamente apaixonado pelo processo de extração da bebida. Como qualquer relação em que há uma sintonia perfeita (Gabriel vem de uma família de plantadores do frutinho vermelho, em Triunfo) a técnica virou amor. Há algum tempo, não bastava ao empresário servir aos clientes a bebida extraída de grãos selecionados. Ele queria oferecer um café ainda mais fresco, quase direto da torra do grão para a xícara.
Depois de torrar, café já com a cor mais escura, descansa na máquina antes de ser moído
Com a ideia em mente, foi atrás de uma máquina de torrefação que pudesse ser instalada na própria cafeteria e assim nasceu o espaço, no último andar do Brejo - o primeiro a funcionar no Recife. Decorado com características do Agreste pernambucano, ali é possível processar os grãos verdes, que vêm da Serra do Caparaó, em Minas Gerais, e que serão consumidos na própria casa - e também vendidos a outras cafeterias da cidade.
Outras cafeterias também vão poder comprar o café torrado no Brejo
Gabriel reforça que a grande vantagem de ter o café novinho, torrado e moído em loco é sentida no sabor. "Os cafés torrados que trabalhamos geralmente demoram cerca de 20 dias para chegar até aqui, onde são moídos e servidos", conta ele, que agora vai abreviar o processo para, no máximo, 5 dias, quando o grão conquista seu ponto de evolução e está pronto para ser moído e consumido.
Gabriel e seu novo investimento, a máquina de torrefação
O novo espaço inaugura também outros planos do Brejo. A ideia é montar um laboratório de cafés filtrados e promover workshops com clientes que se interessem em conhecer a técnica de torrefação. E depois, claro, degustar o resultado das torras que serão extraídas dali, quentinhas e confortáveis como um belo café coado.
