Veja como será a homenagem a Naná Vasconcelos na abertura do Carnaval do Recife 2017

Anneliese Pires
Anneliese Pires
Publicado em 21/02/2017 às 13:59
Nana3 FOTO:

Após 15 carnavais, as 13 nações de maracatus de Pernambuco com 620 batuqueiros que comandam a cerimônia de abertura do Carnaval do Recife, fazem seu cortejo sem seu mestre regente. Falecido em março do ano  passado, Naná Vasconcelos deixou seu legado e ganhará uma bela homenagem na sexta-feira (24), no Marco Zero, no Bairro do Recife.

Este ano, cada mestre assumirá a regência de sua própria nação. A saída do cortejo está marcada para as 18h e segue um roteiro diferente. Ao invés de se concentrarem na Rua da Moeda, como sempre aconteceu, as nações se juntam no Armazém 14 em direção ao Marco Zero. Esse percurso deve durar cerca de meia hora. Na chegada, haverá uma clarinada para que os maracatus se posicionem.

O início do espetáculo no palco começa com blecaute. No telão, será exibido vídeo de trecho de documentário francês produzido na década de 70 na cidade de Gorê, na África, com Naná Vasconcelos. A viúva do percussionista, Patrícia Vasconcelos, escolheu esse as imagens para abrir a homenagem ao músico já que as cenas foram gravadas de forma espontânea, com câmera ligada e deixando rolar todo sentimento.

Às 19h, entra em cena o Coral Voz Nagô cantando o Hino da África do Sul. O grupo, formado por mulheres, foi criado por Naná Vasconcelos em fevereiro de 2008, para acompanhar o cortejo de maracatus na abertura do Carnaval do Recife e é formado por sete cantoras: Ana Paula Guedes, Fabíola Nascimento, Manu, Ninha Menezes, Negra Dani, Nalva Silva e Aninha. Elas fazem também uma saudação aos Orixás e um pout-pourri de músicas do percussionista homenageado.

A cantora baiana Virgínia Rodrigues sobre ao palco às 19h20 junto com a Orquestra do Maestro Edson Rodrigues. Ela foi a primeira cantora convidada de Naná Vasconcelos para abertura do Carnaval Recife. Na sua apresentação, Virgínia canta o Frevo nº 2, do compositor Antônio Maria e ainda interage com imagens de Naná no telão cantando a música Nizinga.

Lenine entra em seguida cantando, junto às nações de maracatu, as suas composições Lavadeira do Rio e  A Ponte e também Loa, de Naná. O pernambucano, por sinal foi o convidado especial na última apresentação do músico à frente da abertura do Carnaval, ano passado. Depois dele, quem comanda a festa é Nilsinho Amarante, músico e maestro que acompanhava Naná nas suas gravações e shows. Nilsinho é regente da Orquestra Trambonada e fará solo no trombone na música Trenzinho Caipira, de Heitor Villa-Lobos.

O final reunirá todos. Voz Nagô, Lenine, Virgínia Rodrigues e Nilsinho Amarante cantam Sou a pele de um tambor, de Naná. Outro momento que promete muita emoção será com a entrada de 13 crianças com alfaias para a despedida do espetáculo sob o som da canção O povo do Recife quer ver, música de Naná e seu irmão Erasto Vasconcelos, também falecido.

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